O procurador geral do Estado americano de Minesota, Keith Ellison, agravou a acusação contra o polícia Derek Chauvin, acusado de matar o ex-segurança George Floyd no passado dia 25, para homicídio em segundo grau, quando o assassinato é intencional não premeditado, embora com o objetivo de provocar danos à vítima.
A revelação foi feita nesta quarta-feira, 3, pelo advogado da família da vítima, Benjamin Crump, acrescentando que os três demais agentes que participaram da ação receberam a mesma acusação.
Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao foram demitidos com Chauvin, mas não tinham sido presos nem acusados.
A familia de Floyd afirmava que a acusação não era suficiente e pedia que fosse ampliada para homicídio em primeiro grau (com a intenção de matar) e que os demais agora ex-polícias fossem também acusados.
George Floyd morreu a 25 de maio após o agente Derek Chauvin, de cor branca, ter colocado o seu joelho sobre o pescoço do antigo segurança, de cor negra, durante mais de oito minutos, mesmo depois de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Ele morreu dois minutos antes de o agente retirar o joelho, como revelou o video que denunciou o crime.
Floyd foi alvo de uma operação policial por supostamente tentar pagar uma conta numa loja com uma nota falsa de 20 dólares.
A autópsia inicial, apresentada pela cidade de Minneapolis, afirmava que não havia "nenhuma prova física que indicava o diagnóstico de asfixia traumática ou estrangulamento".
Porém, duas outras autópsias declararam que a morte de Floyd foi um homicídio causado por asfixia.
Uma delas foi divulgada pela família de Floyd, que contratou um legista independente, cujo relatório confirmou que a pressão do joelho policial sobre o pescoço cortou o fluxo de sangue para o cérebro do antigo segurança, ao mesmo tempo que o peso sobre as costas da vítima dificultou sua respiração.
A morte de George Floyd provocou uma onda de protestos, muitos violentos, em todo o país e em muitos países contra o racismo e a violência policial.