Links de Acesso

Presidente guineense condena sequestro de advogado de acusados na tentativa de golpe de Estado


Presidente guineense Umaro Sissoco Embaló à chegada do jantar no Palácio do Eliseu em Paris, 11 de Novembro 2021. França
Presidente guineense Umaro Sissoco Embaló à chegada do jantar no Palácio do Eliseu em Paris, 11 de Novembro 2021. França

Marcelino N’Tube, advogado de defesa de 18 detidos acusados de envolvimento na eventual tentativa de golpe de Estado a 1 de Fevereiro, foi sequestrado na sua residência e está hospitalizado com ferimentos juntamente com a esposa

O Presidente da Guiné-Bissau veio a público condenar o sequestro do advogado de defesa de 18 acusados da alegada tentativa de golpe de Estado do passado dia 1 de Fevereiro.

Marcelino N’Tupe foi alvo de sequestro e ataque na noite desta terça-feira, 29, na sua residência nos arredores de Bissau, por um grupo de homens armados e encapuzados.

“O Presidente condena veemente o acto bárbaro de violência contra o advogado e comentador político da Rádio Bombolom FM, Marcelino Ntupé", escreve Umaro Sissoco Embaló na sua página oficial no Facebook.

O Presidente acrescentou “os sucessivos casos de violência que têm ocorrido, constituem uma ameaça à paz social no nosso país" e instou “a Polícia Judiciária e o Ministério Público a investigar, com maior brevidade possível, o ocorrido.

Sobre o caso, a Liga Guineense dos Direitos Humanos promete reagir amanhã, 30, depois de ter visitado esta noite o advogado no hospital militar em Bissau.

O sequestro

Marcelino N’tubé “foi retirado da sua casa à força por um grupo de homens armados, levado numa viatura e visto depois abandonado na rua com ferimentos graves”, relatam fontes familiares, segundo as quais a sua esposa, grávida de alguns meses, foi igualmente agredida pelos atacantes.

O advogado e a esposa encontram-se hospitalizados, neste momento, sob cuidados médicos.

No passado dia 4, Marcelino Nt’Tumé acusou o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, de manter os presos nas celas, não obstante a ordem judicial, de acordo com o qual, “os seus constituintes deveriam ser postos em liberdade”.

“Alguns dos presos já haviam recebido a ordem de libertação por parte da justiça, mas a mesma não se efectivou, porque assim decidiu o Presidente do Presidente da República", acusou o advogado Marcelino N’Tupé, que representa 18 dos detidos no caso 1 de fevereiro em que um grupo de homens armados atacou o palácio do Governo aquando decorria a reunião do Conselho de Ministros.

O Presidente, através do seu porta-voz, Óscar Barbosa, refutou as acusações e disse que o Chefe de Estado não intervém na justiça.

O julgamento deste caso está marcado para começar a 6 de Dezembro.

Fórum

XS
SM
MD
LG