Uma comissão, que deve ser integrada por representantes do PAIGC, do PRS, da Mesa da Assembleia Nacional Popular(ANP) e da sociedade civil, vai reunir as propostas apresentadas nas reuniões organizadas pelo Presidente da República com vista a encontrar um entendimento entre todos frente à crise política actual na Guiné-Bissau.
Depois de três semanas de encontros individuais com aqueles actores da cena política e social guineense e de reuniões plenárias, com a presença de representantes da comunidade internacional, José Máio Vaz quer ver num documento todas as propostas antes de se pronunciar sobre a situação.
Até agora, soube a VOA junto de fonte da Presidência da República, o PAIGC e a mesa da ANP não indicaram os seus representantes, tendo José Mário Vaz “pedido às organizações da sociedade civil participantes para convencer o PAIGC e a mesa da ANP a indicarem os seus representantes”.
Entretanto, “caso eles não participem, a comissão terá de fazer o seu trabalho”, concluiu a mesma fonte.
Na semana passada, o PAIGC e a mesa da ANP abandonaram os encontros organizados pelo Presidente da República por considerar que os 15 deputados expulsos do partido no poder não deviam participar nas reuniões, mas “apenas instituições da República”.
Vaz, no entanto, tem entendimento contrário por considerar que aqueles deputados são parte do problema.
O Presidente da República vai pronunciar-se sobre a situação política apenas após a apresentação do trabalho da comissão.