O presidente das Ilhas Comores, Azali Assoumani, encarregou o seu filho, Nour El Fath, de coordenar os assuntos governamentais, na remodelação do seu gabinete, após a eleição de Janeiro considerada fraudulenta pela oposição.
Uma pessoa foi morta e pelo menos 25 ficaram feridas em protestos violentos no país, um grupo de três ilhas ao largo da costa de Moçambique, após o órgão eleitoral ter declarado Assoumani vencedor para o seu quarto mandato de cinco anos.
Analistas políticos, líderes da oposição e meios de comunicação locais disseram que Assoumani parecia estar a preparar El Fath, de 40 anos com formação em finanças e que trabalha como conselheiro económico sénior do presidente desde 2019, para o substituir.
As Comores, com uma população de cerca de 800.000 habitantes, sofreram cerca de 20 golpes ou tentativas de golpe desde que conquistaram a independência da França, em 1975.
As reformas constitucionais em 2018 alargaram a exigência de rotação da presidência entre as três principais ilhas das Comores de cinco em cinco anos para 10.
El Fath não seria, portanto, elegível para substituir o seu pai no final do mandato presidencial, em 2029, a menos que a constituição fosse novamente alterada.
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