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Presidente da UNITA reitera proposta de eleições presidenciais e legislativas


Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, comício no Uíge, 13 Março 2020
Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, comício no Uíge, 13 Março 2020

Adalberto Costa Júnior classificou de "decepção abrangente" o combate à corrupção João Lourenço

O presidente da UNITA defende a realização de eleições legislativas e presidenciais por forma a existir a separação de poderes entre o Chefe de Estado e a Assembleia Nacional.

A proposta de Adalberto Costa Júnior foi apresentada nas comemorações do 55o. aniversario da fundação do partido do ´galo negro` que decorreu no sábado, 13, na cidade do Uíge.

Presidente da UNITA quer eleições presidenciais directas – 3:03
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“Os angolanos têm o direito de elegerem directamente o seu Presidente da República, para que esse no exercicio das suas funções se sinta responsabilizado pelo voto dos eleitores e aprenda a responder por ela, o Presidente da República de Angola não pode esconder-se na lista dos deputados, é preciso mudar este quadro, este é um desafio que a UNITA assume de trabalhar com a sociedade civil para que nas reformas do Estado que o nosso partido defende, os angolanos voltem a ter o direito de eleger o seu Presidente da República", afirmou o líder da oposição.

Comício da UNITA no Uíge, Angola
Comício da UNITA no Uíge, Angola

Costa Júnior apontou outros desafios do seu partido que visam mudar o quadro da Comissão Nacional das Eleições (CNE), por alegadamente ser dirigido maioritariamente pelos membros do partido no poder.

“Com uma maioria de representantes pertencentes a um partido político, a administração eleitoral tem estado a favor desta maioria, CNE tem fugido à livre eleição e a transparência do voto, acrescido hoje ao facto de que o juiz colocado na direcção da CNE, não tem idoneidade moral e ética para dirigir uma comissão de gestão tão importante dos processos eleitorais, onde se requer imparcialidade e compromisso com o interesse nacional”, apontou.

Quanto à gestão de João Lourenço, o cabeça de lista da UNITA nas próximas eleições de 2022 considerou ser “uma decepção abrangente" o combate à corrupção e a impunidade em Angola.

“Passados quatro anos a decepção é generalizada no nosso país, continuamos a ter a impunidade como uma das instituições mais forte do nosso país, onde os pequeninos pagam e os grandes são protegidos, o ladrão da galinha vai para a cadeia e o ladrão dos bilhões é protegido e está no gabinete do Presidente da República, essa é uma realidade objectiva do país que nós temos”, criticou Adalberto Costa Júnior que acusou os dirigentes do MPLA de desviarem o dinheiro do Estado para enriquecer os seus familiares durante os “quase 20 anos passados em tempo de paz, período de paz que os governantes mais roubaram, que mais desviaram para o benefício próprio o dinheiro que deveria servir para gerar emprego para jovens, dinheiro para construir mais escolas, mais hospitais com medicamentos e médicos bem preparados e termos mais professores qualificados para nossas escolas”.

O líder da UNITA chegou à província do Uíge, onde, entre outros encontros, reuniu-se com o governador José Carvalho da Rocha e com o bispo emérito da diocese do Uíge, Dom Francisco da Mata Morisca.

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