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Presidente da Câmara dos Representantes abre inquérito à inpugnação de Joe Biden


Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Washington, EUA, 12 setembro 2023
Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Washington, EUA, 12 setembro 2023

Processo acontece quando a Câmara procura um acordo para manter o Governo em funcionamento após o dia 30 de setembro.

O presidente da Câmara dos Estaods Unidos anunciou nesta terça-feira, 12, que os congressistas vão abrir um inquérito sobre um possível processo de impugnação contra o Presidente Joe Biden, com base em alegações de que ele beneficiou-se dos negócios do seu filho Hunter com entidades estrangeiras.

“Essas alegações pintam o quadro de uma cultura de corrupção”, disse Kevin McCarthy numa conferência de imprensa em Washington.

“Descobrimos que o Presidente Biden mentiu ao povo americano sobre o seu conhecimento dos negócios estrangeiros da sua família. Testemunhas oculares revelam que o Presidente participou de vários telefonemas e teve múltiplas interações e jantares resultaram em carros e milhões de dólares que foram para seus filhos e parceiros de negócios do seu filho”, acrescentou McCarthy, que diz ter "registos bancários que mostram que quase 20 milhões de dólares em pagamentos foram dirigidos aos familiares e associados de Biden através de várias empresas de fachada”.

O presidente da Câmara dos Representantes, o terceiro na hierarquia de poder, também alegou que Joe Biden usou seu gabinete oficial para coordenar esses contatos e recebeu tratamento especial de sua própria administração.

Entretanto, até agora, os comités da Câmara não encontraram evidências que apoiem essas afirmações.

Em reação, o líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer, classificou na semana passada o processo de absurdo.

Os republicanos detêm uma maioria de apenas cinco parlamentares na Câmara dos Representantes e alguns deles já expressaram a sua preocupação em prosseguir com um inquérito de impugnação no ano eleitoral de 2024.

O representante republicano Ken Buck, membro do conservador House Freedom Caucus e do Comité de Justiça da Câmara, disse à NBC News no domingo que “o momento da impugnação é o momento em que há evidências que liga o Presidente Biden - se houver evidências ligando o presidente Biden - a um crime grave ou contravenção. Isso não existe agora.”

O anúncio do inquérito também cria um confronto entre o Capitólio e a Casa Branca, já que os legisladores devem chegar a um acordo com Biden para manter o Governo em funcionamento após 30 de setembro.

A Câmara de maioria republicana tem apenas alguns dias úteis de sessão para aprovar uma resolução de curto prazo ou arriscar uma paralisação do governo.

Se houver uma paralisação do Governo, as comissões da Câmara não poderão trabalhar no inquérito.

McCarthy propôs um acordo aos conservadores como forma de manter vivo um inquérito de impugnação e de ganhar tempo para negociar níveis de despesa governamental mais estreitamente alinhados com as prioridades conservadoras.

O presidente da Câmara tem enfrentado pressão crescente de conservadores da sua bancada, depois de acordar com o Presidente um aumento do teto da dívida para evitar um incumprimento dos EUA.

“Também é possível que esses artigos de impugnação nunca cheguem ao Senado”, disse à Voz da América Michael Thorning, diretor de democracia estrutural do Centro de Política Bipartidária.

Ele acrescentou que “com uma pequena maioria, não está claro que os republicanos conseguirão cruzar a linha de chegada, eles certamente não podem contar com qualquer apoio dos democratas. E então, eles realmente precisam manter unidos e se perderem apenas cinco deles, não conseguirão passar.”

O líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, disse em julho que a impugnação deveria ser raro, e não comum”.

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