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Presidente cabo-verdiano pede apoio para os Estados Insulares em desenvolvimmento em Sochi


Jorge Carlos Fonseca
Jorge Carlos Fonseca

O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, fez uma defesa dos pequenos estados insulares em desenvolvimento e pediu que a Cimeira Rússia-África dê uma atenção especial a esses países que enfrentam grandes desafios, nomeadamente as consequências das mudanças climáticas.

Na intervenção, em que saudou “com particular simpatia a manifesta vontade da Rússia em dialogar e cooperar" com África em áreas de interesse mútuo e potenciadoras de parcerias inovadoras”, Fonseca realçou que as vulnerabilidades económicas, ambientais e as especificidades dos pequenos estados insulares em desenvolvimento" têm impedido uma transição económica sem sobressaltos e a construção de resiliências necessárias para tentar mitigar os efeitos de constrangimentos estruturais".

A escassez de água, as secas cíclicas, os solos pobres são outros factores que, de acordo com o Presidente cabo-verdiano, criam barreiras e soluções caras, representando desafios crescentes.

Cabo Verde, enquanto país arquipelágico em vias de desenvolvimento, desde que foi graduado do Grupo dos PMA em 2008, vem procurando o lugar que lhe é devido no continente, lembrou o Chefe de Estado que destacou a consolidação do seu Estado de Direito e de Democracia.

"O nível satisfatório de desenvolvimento que temos hoje é fruto dos trabalhos desenvolvidos em prol da promoção de um clima de estabilidade política e institucional, que nos granjearam simpatias e apoios solidários internacionais que nos destacaram e destacam como boa referência e inspiração no nosso continente", destacou Jorge Carlos Fonseca.

Entretanto, para aquele estadista as especificidades acarretam também oportunidades de investimentos, através de nichos existentes e já identificados.

"Somos ilhas com uma paisagem diversificada e com uma cultura muita rica. A nossa Diva, a Cesária Évora, que tão bem soube cantar e encantar, pelo mundo fora, colocando o nosso país na arena internacional com a sua emblemática interpretação da música «Sodade», catapultou a nossa cultura a níveis elevados. Este ano, por exemplo, já introduzimos a candidatura da morna, nossa música tradicional, a património imaterial da humanidade, candidatura que esperamos poder obter o apoio de todos os países aqui representados, e da Rússia em particular", pediu Fonseca que elogiou a iniciativa da Rússia em organizar a cimeira e aproximar-se à África.

A cimeira terminou nesta quinta-feira, 24.

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