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Presidente Biden reconhece coragem dos refugiados e reitera ajuda humanitária


Deslocados, vítimas, da violência armada em pemba, Cabo Delgado, Moçambique
Deslocados, vítimas, da violência armada em pemba, Cabo Delgado, Moçambique

ACNUR diz que número de refugiados e deslocados aumentou apesar dos confinamentos e encerramento das fronterias devido à Covid-19

O Presidente dos Estados Unidos reconheceu a coragem e a humanidade de milhões de pessoas forças a deixar os seus países e reafirmou o seu engajamento nos esforços para ajudá-las numa mensagem publicada para assinalar o Dia Mundial do Refugiado, que se assinala neste domingo, 20 de Junho.

“Hoje, junto-me às pessoas de todo o mundo para comemorar o Dia Mundial do Refugiado, um dia em que reconhecemos a coragem e a humanidade de milhões de pessoas forçadas a fugir da violência, perseguição e guerra”, afirmou Joe Biden em nota na qual reitera o empenho do seu Governo em ajudar a encontrar uma saída .

“Neste dia, reafirmamos o nosso compromisso sagrado de aliviar o sofrimento atravésda ajuda humanitária e redobramos os nossos esforços para alcançar soluções duradouras para os refugiados, inclusive por meio do reassentamento”, continuou Biden que também afirmou o compromisso de engajar-se “em esforços diplomáticos para pôr fim aos conflitos em curso que obrigam os refugiados a buscar segurança em outro lugar. "

Entretanto, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados revelou mais haver refugiados do que nunca, apesar das restrições, confinamentos e encerramentos de fronteiras impostos a pessoas e países por causa da pandemia da Covid-19.

A agência acrescentou que este dia deve ser "uma ocasião para construir empatia e compreensão" para a situação dos refugiados, bem como uma oportunidade para “reconhecer a resiliência desses pessoas na reconstrução das suas vidas”.

O número de pessoas que fogem de guerras, violência, perseguição e violações dos direitos humanos em 2020 aumentou para quase 82,4 milhões, o que representa um "aumento de 4 por cento em relação ao recorde de 79,5 milhões no final de 2019. ”

“E o que é bastante chocante”, segundo disse à VOA aalta comissária assistente do ACNUR, Gillian Triggs, “é que nos últimos 10 anos o número de pessoas refugiadas ou deslocadas à força mais do que duplicou”.

Desse total “cerca de 48% são crianças ou jovens”, o que, para Triggs significa que “realmente temos gerações de crianças que estão separadas de seus países de origem”.

O ACNUR exorta o mundo a lembrar que “atrás de cada número há uma pessoa forçada a deixar a sua casa e uma história de deslocamento, expropriação e sofrimento”.

“Eles merecem a nossa atenção e apoio, não apenas com ajuda humanitária, mas também para encontrar soluções para situação delas”, concluiu a alta comissária assistente do ACNUR.

Na sexta-feira, o responsável do ANCUR, Filippo Grandi lembrou que entre as novas crises que causaram novos deslocamentos estão a provincia de Cabo Delgado, em Moçambique, onde a violência dos grupos armados, a pobreza, as alterações climáticas e outros factores deslocaram até 700.000 pessoas.

O Dia Mundial do Refugiado foi assinalado globalmente pela primeira vez a 20 de Junho de 2001, em comemoração do 50º aniversário da Convenção de 1951 sobre Estatuto dos Refugiados.

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