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Pompeo diz que negociações de paz no Afeganistão são difíceis, mas acordo reduzirá ameaças contra os EUA


Mike Pompeo, secretário de Estado americano
Mike Pompeo, secretário de Estado americano

O secretário de Estado americano Mike Pompeo advertiu que as negociações de paz entre o Governo do Afeganistão e os Talibãs, em curso em Doha, no Qatar, serão um processo "difícil", mas lembrou que um acordo ajudará a reduzir o custo da guerra e as ameaças contra os Estados Unidos.

O diálogo, mediado pelos Estados Unidos, encontra-se no seu quinto dia e, até agora, as partes não chegaram a um entendimento sobre a agenda das negociações que visam acabar com uma guerra de quase duas décadas.

“Agora estamos a apresentar um conjunto de resultados que reduzirão os custos em sangue dos soldados americanos, em dinheiro do contribuinte americano e em risco para os Estados Unidos, sublinhou Pompeo num evento virtual organizado pelo centro de estudos Atlantic Council, em Washington.

O chefe da diplomacia americana destacou que “pela primeira vez em 20 anos, os afegãos sentaram-se juntos para começar a discutir e preparar um Afeganistão pacífico e reconciliado”.

Pompeo reiterou não ter ilusões e disse saber que “o processo será difícil”, lembrando que pelo menos 200 militantes da al-Qaida permanecem no Afeganistão.

As negociações entre as duas partes resultaram de um acordo histórico entre os Estados Unidos e os Talibãs assinado em em fevereiro, também em Doha, no qual os rebeldes comprometeram-se a impedir que terroristas liderados pela al-Qaida preparem ataques no território por eles controlado.

Em troca, Washington começou a retirar as suas forças do Afeganistão, de 13 mil para 8.600.

O acordo ainda prevê que todas as tropas americanas e aliadas deixem o país até o final de abril de 2021.

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