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Polícia impede manifestação em Luanda contra aumento das propinas no ensino


Agentes da Polícia Nacional de Angola em cavalos (Foto de Arquivo)
Agentes da Polícia Nacional de Angola em cavalos (Foto de Arquivo)

A polícia angolana frustrou neste sábado, 25, uma manifestação de mais de uma centena de estudantes que protestavam contra a subida dos preços das propinas nas instituições públicas e privadas de ensino médio e superior.

Os jovens, que exigiam a anulação do decreto que autoriza a subida das propinas até 25% e a exoneração das ministras da Educação, Luísa Gril,o e das Finanças, Vera Dalva, marcharam do Cemitério da Santana até uma barreira da polícia nas imediações da Casa 70, onde foram forçados a recuar.

Na zona da FTU, jovens não identificados montaram barricadas com contentores de lixo e queimaram pneus, tendo a polícia respondido com tiros de bala real para o ar para os dispersar.

O decreto diz queas propinas podem ser aumentadas até ao máximo de 15% e 25%, mas o Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) alerta para aumento do abandono escolar

Francisco Teixeira, presidente do MEA, lamentou no local a arrogância policial contra os manifestantes.

“Eles têm cães, têm cavalos e armas e nós não temos como impô-los", disse.

António Caquienze, encarregado de educação presente no protesto, pediu que as autoridades repensem na aplicação do decreto.

"Se nós passarmos esta barreira vamos sofrer consequências, o que nos resta é pedir aqui repensem na aplicação deste decreto”, afirmou.

O MEA endereçou cartas à Presidência da República, Provedoria de Justiça, Assembleia Nacional mas nenhuma delas respondeu até ao momento.

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