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Polícia em Manica apreende 260 explosivos na posse de duas pessoas


Polícia de Chimoio
Polícia de Chimoio

Os acusados dizem que os materiais seriam usados no garimpo, mas as autoridades investigam eventual ligação aos terroristas

O Serviço Nacional de Investigação Criminal de Moçambique (Sernic) anunciou nesta terça-feira, 2, ter detido ontem um moçambicano e um zimbabweano e apreendido na posse deles 262 unidades de explosivos, 150 detonadores e 250 metros de fios de detonadores na cidade de Chimoio.

O material seria usado supostamente em garimpo ilegal, mas uma segunda linha de investigação esta em curso para relacionar os explosivos com o grupo armado que ataca há cinco anos a província de Cabo Delgado.

“De facto foi feito um trabalho e foi possível apreender uma quantidade de armas proibidas, estamos a falar de massas de explosivos”, e os portadores serão responsabilizados criminalmente por porte de armas proibidas e transporte ilegal deste material, disse à VOA o porta-voz do Sernic na província de Manica.

Amed Bolacho acrescentou que o material contrabandeado do Zimbabwe foi apreendido numa residência na periferia da cidade de Chimoio, e inicialmente era destinado ao uso em minas de ouro ilegais em Chitima, no distrito de Cahora Bassa, na província de Tete.

“Neste momento foi instaurado um processo crime e remetido ao Ministério Público na cidade de Chimoio que seguirá os seus trâmites subsequentes, e também queremos apelar a população para que continue vigilante”, precisou o investigador.

Garimpo ilegal

Os suspeitos admitem que os explosivos foram comprados numa loja legal em Mutare, no Zimbabwe e seriam usados para explorar ouro em rochas e nunca “seriam usados para fins criminais” em Moçambique.

Em declarações à VOA, o ciadadão zimbabweano, cuja identidade não foi revelada, disse que desconhecia as leis moçambicanas quando transportou o material para o país e insistiu que os explosivos seriam usados em minas de ouro, considerando “demasiado forçado relacionar os explosivos com os ataques”, em Cabo Delgado.

“Seria muita imbecilidade minha integrar esses grupos armados”, mas transportei os explosivos para Moçambique “para aproveitar apreciar a área de exploração e decidir se ficava a trabalhar como sócio no negócio da mina”, frisou.

O garimpo ilegal é praticado geralmente sem freio em muitas regiões de abundância de minerais e nas imediações de unidades de extração de metais e pedras preciosas em Manica.

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