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Polícia angolana aborda ordem pública como “acção de guerra”, diz activista


Polícia detém manifestante em protesto contra brutalidade policial, Luanda, Angola. Foto de arquivo
Polícia detém manifestante em protesto contra brutalidade policial, Luanda, Angola. Foto de arquivo

Polícia angolana precisa de ser restruturada, diz UNITA e AJPD

Na sequência da morte pela polícia de um cidadão em Viana, Luanda, o maior partido da oposição angolana, a UNITA e a Associação Justiça, Paz e Democracia, AJPD, pediram a restruturação total das forças policias angolanas.

Polícia angolana aborda ordem pública como “acção de guerra” - 2:11
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Distúrbios eclodiram nessa zona da capital no fim-de-semana depois de um cidadão de 28 anos ter sido morto a tiro por um agente da polícia nacional.

Manifestantes tentaram destruir a esquadra policial local salva pelo envio de reforços para a zona.

Luanda: Um morto, um polícia ferido e vários bens públicos queimados - polícia esclarece o sucedido
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Tendo em conta que este não é o primeiro caso do género, a vice-presidente do grupo parlamentar da UNITA, Mihaela Webba, considera que a polícia deve ser submetida a uma reestruturação profunda.

"A utilização da força pela nossa polícia que pode provocar danos a vida humana deve ser como última possibilidade por isso achamos que a polícia tem de ser restruturada, no sentido de haver formações permanentes", disse

Para a também constitucionalista em todos os casos em que termina com a morte de cidadãos os seus familiares têm direito a processar o estado.

"A vida é um direito, liberdade e garantia e quando for violada o cidadão tem o direito de demandar o estado em tribunal e tem o direito a uma indemnização, está consagrado na constituição artigo 75", disse.

Serra Bango da Associação Justiça Paz e Democracia, AJPD, diz que o problema da actuação da polícia que culmina com assassinatos de cidadãos tem a ver com a natureza da própria polícia.

"Isto nada tem a ver com falhas na formação mas sim o tipo de polícia que o sistema criou”, disse.

"A nossa polícia é excessivamente militarizada e aborda a ordem pública como uma acção de guerra,”, acrescentou Bango que fez notar que “há policiais na rua com baionetas, explosivos”.

“A polícia tem de andar com isso? A nossa polícia tem predisposição para matar, não consegue dialogar é só ver onde vão buscar o modelo de formação? China, Rússia e Cuba, polícias violentas", acrescentou.

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