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PN acusada de abandonar jovem baleado em Luanda


UNITA promete interceder junto da Polícia
UNITA promete interceder junto da Polícia

Familiares do jovem de 19 anos baleado pela Polícia Nacional de Angola (PN), durante a operação que acabou com o assassinato da zungueira Juliana Kafrique, em Luanda, a 12 de Março, acusa a corporação de os ter abandonado ao não assumir as despesas do tratamento de Domingos Kiala.

Deputados da UNITA prometem interceder a favor dos familiares de Kiala, baleado no bairro Rocha Pinto, quando saía da escola, durante confronto entre agentes da PN e moradores.

Na altura, a PN tentava remover o corpo da zungueira Juliana kafrique, morta por disparo de um agente, quando uma das balas atingiu o jovem, que, até hoje, tem a bala no corpo.

"A própria polícia é quem pegou no rapaz, eles o meteram na viatura, deixaram-no no Banco de Urgência do Hospital do Prenda, foram-se e até hoje não disseram nada", diz o pai Eliude Yavanua.

O jovem continua com a bala no corpo, que, segundo os médicos citados pelo pai, atingiu o fígado, os pulmões e o diafragma.

“A polícia até hoje nunca mais quis saber do rapaz, não apareceu nem em casa, nem no hospital enquanto lá esteve o Domingos, as despesas do tratamento são todas por nossa conta, eu estou desempregado, a mãe que vendia, acabou o dinheiro todo que tinha guardado", lamenta Yavanua.

Uma delegação de deputados da UNITA chefiada por Arlete Chimbinda visitou a família Domingos Kialae e promete ajudar.

“É uma situação esquisita porque o jovem foi atingido em pleno tiroteio da policia que disparou para dispersar a população e vamos fazer o possível para que a polícia também faca o que deve em relação ao cidadão, para que o jovem tenha o tratamento que merece”, garante Chimbinda."

A VOA tentou contactar a PN mas sem sucesso.

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