A Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau incinerou nesta quinta-feira, 13, os 789 quilos de cocaína pura apreendidas no sábado, 9, na Operação Carapau, e na qual foram detidos três estrangeiros e um guineense.
Os quatro acusados de envolvimento no tráfico foram presentes ao tribunal, enquanto a investigação continua, com a colaboração de uma equipa da Interpol e da Agência Anti-Droga dos Estados Unidos, a DEA.
“Neste momento estamos a sair da incineração, que foi presenciada pelas autoridades locais, representantes da comunidade internacional e de uma equipa da Interpol que chegou de Lyon”, disse à VOA o director-adjunto da PJ, Domingos Correia.
Correia acredita que o senegalês, dois nigerinos e um guineense deverão “continuar presos” enquanto decorre a investigação.
Aquele responsável da PJ não avançou mais detalhes sobre o processo por “estar em investigação”, mas fontes em Bissau adiantam que um dos nigerinos é considerado próximo de um “importante membro do poder” em Niamey.
Fontes da VOA indicam que a PJ tinha vindo a rastrear os traficantes há quase dois meses e que os operacionais eram seguidos nas suas deslocações ao país,
Um quinto acusado, ligado à rede al-Qaida do Magrebe (Aqim), está em fuga.
A Operação Carapau terá sido acompanhada também pela Agência Anti-Droga dos Estados Unidos (DEA), adiantou uma fonte independente do processo, que também revelou que o Presidente da República, José Mário Vaz, foi informado da operação antes dela ter sido despoletada.