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PGR ordena devolução de prédio de empresa americana por parte de general angolano


PGR actua com rapidez
PGR actua com rapidez

Africa Growth Corporation (AFGC) contratou empresa de lobby para impedir empréstimo do FMI a Angola

A Procuradoria Geral da República (PGR) de Angola anunciou a devolução do imóvel da companhia americana Africa Growth Corporation (AFGC), que está no centro de uma disputa entre aquela empresa e a Sociedade Ilico Comércio Geral e Prestação de Serviço, representada pelo general António Francisco de Andrade.

Desta forma, fica resolvido o caso do investidor norte-americano que reclamou a apropriação indevida do seu património na Ilha de Luanda por parte do general António de Andrade.

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O anúncio da PGR surge, entretanto, depois que um jornal americano ter alertado que,por causa dessa disputa,o empréstimo do FMI a Angola pode estar em perigo, conforme noticiou a VOA na semana passada.

Num comunicado de imprensa, a PGR angolana fez saber que a restituição do imóvel estava de acordo com uma anterior decisão do tribunal e que “o procedimento criminal prossegue os seus trâmites legais”.

O general António Andrade é citado como não tendo acatado duas ordens de restituição do imóvel à sociedade requerente, ordenadas pelo tribunal, nos dias 5 de Dezembro de 2017 e 31 de Janeirodo mesmo ano, apresentadas por oficiais de diligências do TPL e agentes da Polícia Nacional .

A PGR refere ainda que após a entrega judicial dos imóveis, o general voltou a ocupar algumas parcelas de um dos imóveis.

“Na sequência da instrução do respectivo processo, o Ministério Público emitiu um mandado de apreensão com vista à reposição da legalidade e ao integral cumprimento da sentença, tendo sido executado no dia 1 de Novembro de 2018”, concluiu a nota da PGR.

"Pressa" da PGR

O jornalista Ilídio Manuel considera que a pressa com que a Procuradoria emitiu o comunicado demonstra que este órgão agiu sob pressão devido a uma eventual recusa do FMI em conceder empréstimo a Angola, ante o lobby que a Africa Growth Corporation (AFGC) estaria a fazer em Washington.

Manuel lamenta que a PGR não tenha tido a mesma postura quando cidadãos nacionais viram-se expropriados das suas propriedades por parte de generais angolanos.

O jornal americano The Hill, que concentra as suas actividades na cobertura do Congresso americano, assegurou, na semana passada, que a companhia americana contratou uma companhia de lobby para levar congressistas e o FMI a bloquearem a ajuda a Angola, devido à disputa com a sociedade do general angolano António Andrade.

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