A maioria dos governadores provinciais de Angola até às eleições de 2017 está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), soube a VOA junto de fontes seguras.
As investigações continuam apesar de na 5ª Reunião Ordinária do Bureau Político (BP), de 15 de Junho, que analisou vários assuntos relativos ao país e à vida interna daquele partido, alguns governadores terem questionado o porquê desses processos uma vez que um despacho presidencial de José Eduardo dos Santos tinha determinado o arquivamento de todos os processos da actividade inspectiva desenvolvida pela Inspeção Geral da Administração do Estado de 1 de janeiro de 2013 a 30 de Agosto de 2017.
Contactado pela VOA, Norberto Garcia, secretário do Bureau Político para a Informação e porta-voz do MPLA, sem gravar entrevista,não desmentiu nem confirmou a informação.
Entretanto, o jurista Bruno Filipe diz ser um erro da PGR levantar processos que o antigo Presidente da República, enquanto mais alto magistrado da nação, através da Inspeção Geral do Estado, mandou arquivar.
“Não se pode investigar processos que foram arquivados”, garantiu.
Por seu lado, o analista Rui Kandove afirma que para salvar a imagem do MPLA João Lourenço vai sacrificar alguns dos seus próprios correligionários porque “ele quer ter um MPLA mais robusto, mais forte e vai ser preciso ter um MPLA diferente”.
Até ao momento nenhum alto dirigente do Estado angolano foi responsabilizado por crime de corrupção ou nepotismo.