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PGR cria comissão para investigar denúncias de esquadrões da morte em Angola


Denúncias feitas por Rafael Marques
Denúncias feitas por Rafael Marques

SIC e Ministério do Interior refutam acusações

A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola anunciou estar a investigar denúncias sobre presumíveis casos de execuções sumárias de alegados delinquentes nos municípios de Cacuaco e Viana, em Luanda.

Em nota enviada às redacções, a PGR diz ter tomado conhecimento da denúncia apresentada pelo jornalista e activista Rafael Marques de Morais ao ministro do Interior de Angola, Ângelo Veiga Tavares.

"Para o efeito, foi criada uma comissão de inquérito que vem realizando o seu trabalho com normalidade, esperando-se que tão logo seja concluído o inquérito, aquela comissão apresente os resultados apurados", adianta a PGR.

Ainda de acordo com a nota, a investigação visa agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC) que estariam a realizar execuções sumárias de alegados delinquentes.

Acusação e defesa

No seu relatório, Rafael Marques aponta para 50 casos suspeitos de execução sumária, num total de 92 jovens vítimas, alegadamente delinquentes, abatidos por agentes do SIC.

Em conversa não gravada com a VOA na segunda-feira, 11, o director provincial SIC, Amaro Neto, refuta as acusações de forma liminar.

Por seu lado, o director provincial de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior, intendente Mateus Rodrigues, também “desmente todas as informações”, e diz que o Ministério e todos seus órgãos velam pela defesa dos direitos humanos.

“Não há qualquer coisa ligada às matanças, pelo contrário, todos os órgãos do Ministério do Interior velam pelos direitos humanos e defesa das pessoas”, garante Rodrigues.

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