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Pescadores são-tomenses alertam que legislação que limita áreas de atividade pode criar tumultos


Pescadores, São Tomé e Príncipe
Pescadores, São Tomé e Príncipe

Governo assegura que o que está em causa é a proteção e a sustentabilidade dos ecossistemas marinhos

Pescadores artesanais de São Tomé e Príncipe criticam um novo regulamento das pescas na forja que vai proibir a faina em determinadas áreas e remete para mais de quatro milhas náuticas a atividade piscatória no mar do arquipélago.

Os homens do mar dizem que as suas embarcações não vão além de uma milha e alertam para o risco de aumento de desemprego, num setor que dá trabalho a 15 por cento da população ativa do país.

O Governo, por seu lado, assegura que o que está em causa é a proteção e a sustentabilidade dos ecossistemas marinhos.

A pesca é a maior fonte de rendimento das famílias mais desfavorecidas do arquipélago.

“Com essa proibição nós vamos ficar lesados e vai haver muito desemprego. As zonas que estão a proibir é onde nos garante melhor pesca”, disse um pescador da Praia Gamboa à Voz da América.

Outro alerta que "as embarcações de pesca artesanal não lhes permitem ir além de uma milha” e sublinha que” o novo regulamento governamental pode criar tumultos no país”.

Contatado pela Voz de América, o ministro da Agricultura Desenvolvimento Rural e Pescas esclarece que “o que está em causa é a proteção e a sustentabilidade dos ecossistemas marinhos”.

“Muitos pescadores estão a pescar perto da baía arrastando peixes muito pequenos. Nós estamos a construir recifes artificiais para atrair os peixes, por isso decidimos proibir por algum tempo a pesca em determinadas áreas”, afirma Abel Bom Jesus, sublinhando que “o combate à pesca ilegal protagonizada por navios de grande porte no alto mar é, no entanto, a maior preocupação do Governo”.

O ministro garante que a nova lei das pescas aprovada em 2022 e os novos regulamentos em preparação pelo Governo visam a promoção e o desenvolvimento sustentado do setor e o combate à pesca ilegal, dando mais poderes à guarda-costeira para abordagem aos navios que pescam ilegalmente nas águas são-tomenses.

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