Personalidades, que participaram na cerimónia de investidura de Filipe Nyusi, esperam que seja materializada a promessa de inclusão e diálogo como únicos caminhos que podem levar à paz efectiva no país.
Na tomada de posse, nesta quarta-feira, 15, em Maputo, o presidente moçambicano elegeu o trabalho, desenvolvimento, a paz e a reconciliação nacional como principais destaques do novo ciclo de governação.
“Eu acho que esse caminho tem que ser de atitude e de comportamento, de cultura. Não basta que seja de intenção política, tem que haver uma coisa assumida no quotidiano, isto é quando olho para alguém que não é o do meu partido político - embora eu não tenha nenhum-, mas eu tenho que saber que tenho que escutar a essa pessoa com vontade de escutar e com vontade de perceber que ele pode ter razão”, diz o escritor Mia Couto.
Para o líder da Igreja Anglicana em Moçambique, Dom Carlos Matsinhe, “esta governação do Presidente Filipe Nyusi, com o apoio de todos os moçambicanos, vai ser capaz de consolidar a paz e abrir novos horizontes para o desenvolvimento de Moçambique”.
Nessa onda, Matsinhe fez a sua promessa: “Estamos com muita esperança e queremos apoiar em oração e trabalho”.
No seu discurso, Nyusi disse que o seu Governo irá "dar passos decisivos rumo à fome zero”, numa economia que vai ter na produção de gás como motor.
Em relação a esse ponto, Mia Couto recorda que “há a ideia de que eles [os recursos naturais e minerais] são sempre uma maldição, e que só correu bem na Noruega; eu acho que isso é uma desconsideração, uma desqualificação à partida de que os africanos não podem fazer bem, podem fazer bem”.
Mia Couto sublinha que o recurso gás terá a sua contribuição no crescimento do país, mas não pode ser visto como “a contribuição, a economia de Moçambique”.
A economista Luísa Diogo, ex-primeira-ministra, diz que o discurso de Nyusi reafirma “o sentido de que nós (moçambicanos) temos responsabilidade no desenvolvimento do nosso país”.
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