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Pence promete mão dura contra Maduro, latino-americanos defendem transição pacífica


Juan Guaidó (esq), Ivan Duque (cen) e Mike Pence (dir) em Bogotá
Juan Guaidó (esq), Ivan Duque (cen) e Mike Pence (dir) em Bogotá

O vice-presidente americano Mike Pence prometeu novas sanções "ainda mais fortes" à "rede de corrupção financeira" do regime de Nicolás Maduro, ao intervir na reunião do Grupo de Lima que decorre nesta segunda-feira, 25, em Bogotá, Colômbia, e que procura aumentar as pressões contra o Governo venezuelano.

"Vamos encontrar até o último dólar que eles roubaram do dinheiro do povo venezuelano", disse Pence, que também pediu que o Grupo de Lima faça como o seu Governo: congele os bens da PDVSA e os transfiram para a administração de Guaidó.

O vice-presidente ainda desafiou aqueles países a restringirem a concessão de vistos e a reconheçam os representantes do Presidente auto-proclamado.

Ao se dirigir a Juan Guaidó, Pence disse: “estamos consigo 100 por cento”.

Na sua intervenção, Juan Guaidó pediu um minuto de silêncio pelo que chamou de "massacre que sofreu o povo da Venezuela no sábado, dia 23", em referência aos confrontos entre as forças armadas leais a Maduro e opositores do regime durante o chamado "Dia D" da entrega da ajuda humanitária.

Apelos ao diálogo

Para Guaidó, ser "permissivo" com Maduro neste momento constitui em uma ameaça para a América Latina.

Antes do encontro, o autodeclarado Presidente interino chegou a pedir que "todas as opções permaneçam abertas" contra Maduro.

Num tom diferente, na abertura da reunião, o vice-ministro do Exterior do Peru, Hugo de Zela, assegurou que “estamos lutando por uma solução pacífica".

Para ele, chegou a hora de adoptar "mais medidas para isolar o regime, mais claras para aumentar a pressão, a nível político e económico”.

Por seu turno, Holmes Trujillo, ministro das Relações Exteriores da Colômbia e anfitrião do encontro, lembrou que o Grupo de Lima mantém “o compromisso com a transição democrática e a restauração da ordem constitucional na Venezuela".

“Alguns países fizeram um grande esforço para facilitar a operação de um canal para fornecer assistência humanitária internacional para aliviar, ainda que parcialmente, a situação humanitária grave que afecta muitos venezuelanos", destacou o diplomata colombiano.

Na mesma linha, o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, afirmou que o Governo brasileiro acredita ser possível encontrar uma solução "sem qualquer medida extrema" para, segundo ele, "devolver a Venezuela ao convívio democrático das Américas".

"O Brasil acredita firmemente que é possível devolver a Venezuela ao convívio democrático das Américas sem qualquer medida extrema que nos confunda com aquelas que serão julgadas pela história como agressoras, invasoras e violadoras das soberanias nacionais", assegurou Mourão.

Pouco antes do início do encontro, a Comissão Europeia fez um apelo para que seja encontrada uma saída negociada para a crise e para que os líderes evitem uma intervenção militar no país.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu ao Grupo de Lima pelo Twitter para que o Grupo de Lima busque por diálogo.

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