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Partidos moçambicanos instam Procuradoria a investigar e processar responsáveis pelas dívidas ocultas


Ematum, uma das empresas envolvidas
Ematum, uma das empresas envolvidas

Consultoria não conseguiu revelou os autores dos empréstimos

Os partidos políticos moçambicanos são unânimes em pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue e processe os responsáveis pelas chamadas “dívidas ocultas”, cuja auditoria revelou empréstimos no valor de dois mil milhões de dólares para três empresas públicas.

A auditoria da empresa holandesa Kroll, divulgada pela PGR no sábado, 24, indica ainda a existência de 500 milhões de dólares, cujo destino não conseguiu identificar.

Nas reacções, partidos e líderes políticos são unânimes em considerar que o relatório é um passo importante para a transparência, mas defendem que, por exemplo, a PGR esclareça o destino dado aos tais 500 milhões de dólares.

Afonso Dhlakama, líder da Renamo, disse, através de um contacto via telefone com a imprensa em Maputo, que o Ministério Público deve agora “mostrar coragem e divulgar os nomes dos responsáveis pelo valor desviado, para que sejam criminalmente responsabilizados, devolvendo a confiança ao país”.

Na mesma linha, o presidente do MDM, o segundo maior partido político da oposição, Daviz Simango, instou nesta segunda-feira, 26, a PGR a agir de imediato, para responsabilizar os autores das dívidas consideradas ilegais.

“É preciso levar os autores à barra do tribunal, confiscar os seus bens e declarar a nulidade das dívidas para que nenhum moçambicano pague por elas”, exigiu Simango em conferência de imprensa.

Do lado do partido no poder, Eneas Comiche, membro da comissão política da Frelimo e que liderou a Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou as dívidas, apelou “à serenidade socia lpara que a PGR faça o seu trabalho”.

Já o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, em cujo mandato aspolémicas dívidas foram contraídas, escusou-se, até agoraa tecer comentários em torno do relatório, alegando que ainda não o tinha lido.

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