O Chefe do Governo guineense, Umaro Sissoco Embaló, reuniu-se nesta terça-feira, 2, com alguns representantes da Comunidade Internacional, nomeadamente das Nações Unidas, da CEDEAO e da União Africana.
O encontro acontece um dia depois dos presidentes de quatro dos cinco partidos com assento parlamentar terem escrito uma carta ao Presidente da República a pedir que cumpra o Acordo de Conacri.
O primeiro-ministro também tinha convocado para o mesmo encontro de hoje, a União para Mudança (UM) e o Partido da Convergência Democrática (PCD), mas estas formações políticas com representações parlamentares declinaram o convite, alegando não reconhecer a legitimidade do actual Governo, liderado por Umaro Sissoco Embaló.
Informações apuradas pela VOA indicam que Embaló pretende com estes encontros mostrar a sua “vontade” na implementação do Acordo de Conacri, depois de a delegação da CEDEAO que visitou o país na semana passada ter revelado que vai pedir à organização regional que imponha sanções aos dirigentes políticos guineenses que não cumprirem o Acordo de Conacri num prazo de 30 dias.
Carta a José Mário Vaz
De regresso a Bissau, já se encontra também o Presidente da República depois de um périplo por quatro países africanos, mas cujos detalhes a Presidência não revelou.
José Mário Vaz tinha previsto encontrar-se com os seus homólogos da República do Congo, Libéria, Costa do Marfim e Guiné-Conacri.
Entretanto, quatro dos cinco partidos com assento parlamentar enviaram na segunda-feira, 1 de Maio, uma carta ao Presidente da República na qual instam José Mário Vaz a adoptar “de imediato disposições indispensáveis à urgente implementação do Acordo de Conacri, respeitando a letra e o espírito do mesmo” e que “proceda à nomeação do Dr. Augusto Olivais, nome de consenso obtido em Conacri, no sentido de dar início à plena implementação do Acordo de Concacri e assim garantir o normal funcionamento das instituições da República”.
A carta, a que a VOA teve acesso, é assinada pelos presidentes do PAIGC, do PCD, do PND e da UM, que reiteram “toda a sua disponibilidade em contribuir na busca de uma solução definitiva para a crise que assola o país”.