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Partidos angolanos dizem que verba do Estado não satisfaz necessidades de campanha


Campanha de recrutamento da CASA-CE em Malanje, Angola (Foto de Arquivo)
Campanha de recrutamento da CASA-CE em Malanje, Angola (Foto de Arquivo)

Os partidos políticos angolanos concorrentes às eleições de 2022 consideram “insuficiente” a verba atribuída pelo Governo para suportar as despesas inerentes à pré-campanha eleitoral.

O Executivo angolano aprovou, recentemente, um financiamento extraordinário para os 11 partidos políticos legalmente constituídos no país, no valor de cerca de 80 milhões de dólares a cada um.

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O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, disse, na última semana tratar-se de um “financiamento extraordinário”.

Adão de Almeida esclareceu na altura que o financiamento dos partidos políticos para a campanha eleitoral será definido após a aprovação das candidaturas pelo Tribunal Constitucional (TC).

A FNLA,a CASA-CE e o PRS reconhecem que a verba anunciada “vai apenas ajudar”, mas não será suficiente para as despesas relativas à formação dos delegados de lista, a recolha das assinaturas para a subscrição de apoios às candidaturas em toda a extensão do país.

O presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, disse à VOA que a logística do processo pré-eleitoral sugere um orçamento superior ao que foi prometido pelo Governo.

“É um valor que não corresponde aos desafios que o processo impõe", concluiu.

“É uma gota no cceano”, defendeu Benjamim Silva, vice-presidente da FNLA, para quem "esta verba é altamente insuficiente e não satisfaz, de longe, a um partido político".

Por seu turno , o secretário-geral do PRS, Rui Malopa, disse que os valores atribuídos são insignificantes "para o volume das despesas que os partidos políticos devem executar nesta fase”.

Tiago Soares, secretário para assuntos eleitorais da Aliança Patriótica Nacional (APN), também foi citado pela rádio estatal angolana como tendo dito que “a verba não satisfaz para aquilo que é a nossa pretensão, ou a preparação da nossa pré-campanha”.

“Vamos realizar actividades de massa, dar um suporte naquilo que são as feiras dos consumíveis do partido, vamos pagar algumas sedes que temos a nível dos círculos quer nacional ou provinciais, comunal e distritais bem como pagar rendas que estão em fim de contrato”, disse.

Refira-se que, além dessa verba atribuída pelo Estado, os partidos políticos recebem outros recursos do Estado, de acordo com os resultados eleitorais e outros pressupostos legais.

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