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Partido Frelimo escolhe sucessor de Nyusi


Arquivo: Filipe Nyusi (E), gesticula enquanto faz um discurso durante o último comício da campanha para as eleições gerais moçambicanas em 2019.
Arquivo: Filipe Nyusi (E), gesticula enquanto faz um discurso durante o último comício da campanha para as eleições gerais moçambicanas em 2019.

O Comité Central da Frelimo poderá anunciar, nos próximos dias, o sucessor de Filipe Nyusi para a liderança do partido e candidato às presidenciais de 9 de Outubro, entre descontentamento e divisões entre os membros, que segundo analistas, se traduzem no aparecimento de intenções de candidatura à revelia da Comissão Política.

Partido Frelimo escolhe sucessor de Nyusi
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Cabe à Comissão Política apresentar as propostas referentes às candidaturas da Frelimo a Presidente da República, mas à revelia desta comissão, alguns membros, entre os quais se destaca Samora Machel Júnior, apresentaram-se como candidatos não só à sucessão de Filipe Nyusi como também às eleições presidenciais.

Outras figuras, nomeadamente Gabriel Júnior, apresentador de televisão; Alberto Vaquina e Luisa Diogo, antigos primeiros-ministros; e José Pacheco, ex-ministro da Agricultura, do Interior e dos Negócios Estrangeiros, são citados como tendo também manifestado interesse em se candidatarem a sucessão de Filipe Nyusi.

Algumas correntes de opinião dizem que apesar disso, a sessão extraordinária do Comitê Central da Frelimo, desta sexta-feira, 3, pode ser pacifica, mas para o analista político Fernando Lima essa é a idéia das pessoas que pertencem às estruturas, mas aquelas que não são da Comissão Política e ao Comitê Central sabem que há descontentamento.

O também analista político João Feijó diz que existem alas na Frelimo, sublinhando que ‘’cada vez vimos indivíduos a posicionarem-se contra a Frelimo governamental, vimos Samito, Graça Machel, Tomás Salomão e o filho de Jorge Rebelo, ou seja, há cada vez mais figuras e proeminentes vozes ativas dentro do partido a fazer uma oposição interna’’.

Por seu turno, o também analista político Moisés Mabunda considera que a falta de união no seio do partido, acaba por colocar em causa todo um processo que devia ser mais transparente e democrático o de escolha de sucessor do presidente Filipe Nyusi.

‘’Devia haver pré-candidaturas e haver se calhar algum momento em que esses candidatos são legitimados ou eleitos pelos vários comitês provinciais’, realçou Mabunda.

Entretanto, Damião José, membro da Comissão Política da Frelimo, sem revelar o nome do candidato, diz que as bases devem desde já iniciar o trabalho de promoção da sua imagem.

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