A Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau marcou, depois de muito tempo, a próxima sessão ordinária para o dia 29 de Junho, mas sem agendar o debate para aprovação do programa do atual Governo de Nuno Nabian.
Esta posição foi defendida pelo PAIGC, que reitera ter a maioria dos deputados, mas foi criticada pela bancada parlamentar dp MADEM-G15, segunda força política.
Nelson Moreira, vice-líder da bancada parlamentar do MADEM-15, concorda com a convocação da sessão ordinária, mas defende o agendamento do programa do Executivo.
“Trata-se de uma deliberação possível, embora o foco de MADEM-G15 fosse para o agendamento da discussão do programa do Governo, contudo, congratulamos com a convocação da sessão”, afirma Moreira.
Posição contrária tem o líder da bancada parlamentar do PAIGC.
“Isso demostra que não há nova maioria no Parlamento e não se pode falar do último comunicado da CEDEAO, que exige formação de um novo Governo de acordo com os resultados eleitorais, ao mesmo tempo que se pretende discutir o programa de um governo que não resultou das eleições”, defende Califa Seide.
Por seu lado, Úmaro Conte, da bancada da APU-PDGB, mostra-se indiferente à polémica sobre o agendamento do programa do Governo, dizendo apenas que “se congratula com o agendamento da sessão”.
Além de marcar a próxima reunião, a Comissão Permanente condenou o rapto e espancamento do líder da bancada parlamentar de APU-PDGB, Marciano Indi, no passado mês de maio.