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Panificadores ameaçam aumentar preço do pão na Huíla


Imagem de arqivo de uma panificadora
Imagem de arqivo de uma panificadora

Dizem estar sufocados mas população defende redução do custo

As panificadoras da província angolana da Huíla ameaçam aumentar o preço do pão por considerarem que os actuais valores são incompatíveis com o custo da principal matéria-prima, a farinha de trigo.

A proposta aponta para um aumento de 25 a 30 kwanzas do conhecido pão carcaça (mais pequeno), seguindo outros valores para os demais produtos.

A Associação dos Panificadores e Pasteleiros da Huíla, na voz da sua porta-voz, Teresa de Oliveira, diz que os custos de produção têm colocado os associados numa situação de sobrevivência.

"Tudo está a aumentar todos os dias e neste momento nós nos encontramos completamente sufocados. Estamos numa situação de sobrevivência", revela Oliveira.

O pão está entre os produtos da cesta básica com preço vigiado, cuja subida obedece ao cumprimento de pressupostos do Governo com quem a associação espera manter um encontro em breve para anunciar a sua intenção.

Teresa de Oliveira sabe do impacto que a medida pode trazer na vida das famílias.

"Por ser um produto socialmente tão sensível a todos os níveis nós preferimos parar falar com o Governo e pedir autorização", justifica

Entre a população algumas vozes já se fizeram ouvir sobre o possível aumento do preço do pão no mercado.

Celina Augusto é dona de casa e teme pela subida do preço nesta altura do fim de ano.

"Nós temos crianças que estudam, às vezes não é possível de manhã fazer o pirão e é preciso o pão e com esse aumento fica complicado. Mesmo a própria farinha devia baixar um pouquinho", pede

A mesma opinião é partilhada pela senhora Regina, para quem, sem dinheiro, "o preço não deve subir, pelo contrário deve baixar».

Recorde-se que um saco de farinha de trigo no mercado ameaça atingir os 10 mil kwanzas.

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