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PAIGC: Os caminhos do partido da Independência da Guiné-Bissau


Militantes do PAIGC em frente à sede em Bissau (Foto de Arquivo)
Militantes do PAIGC em frente à sede em Bissau (Foto de Arquivo)

Com o seu X Congresso nas salas dos tribunais, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-verde (AIGC= tem experimentado também uma fase de turbulência interna, alimentado por um grupo de militantes que não vêem o seu líder, Domingos Simões Pereira. com bons olhos.

Esta corrente interna deu o primeiro sinal a partir do momento em que o Presidente do partido manifestou o interesse em disputar a liderança pela terceira vez.

PAIGC: Os caminhos do partido da Independência da Guiné-Bissau - 2:45
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Na tentativas de entender o que passa no partido da Independência, o analista político Rui Jorge Semedo afirma que esta não deve ser vista apenas numa perspectiva de luta interna.

"Esta luta deve ser observada numa perspectiva externa ao partido porque tem forças ocultas, incluindo nos tribunais, alguns adversários políticos, algumas instituições além dos tribunais que se associaram nessa disputa para poder amordaçar democracia, e o risco que isso tudo denota é a forma como a justiça, os tribunais estão a ser manipulados há mais de seis meses, tudo para poder provocar uma alteração dentro de uma estrutura partidária.

Esta semana, um grupo de quatro dirigentes do PAIGC exigiu a “conclusão do processo de audição pendente no Conselho de Jurisdição, antes da realização do X Congresso do partido, bem como o respeito pelas normas democráticas internas do partido”.

O jornalista da rádio pública, Bacar Camará diz serem "compreensíveis essas fricçõe, que são decorrentes da própria tradição do PAIGC que desde a sua criação, em 1956, viveu sempre em permanente fricções endógenas e também com alguma oposição externa.

Entretanto, para superar a difícil situação porque passa o PAIGC, Rui Jorge Semedo diz que o partido deve continuar a fazer a sua luta por vias legais.

"O PAIGC tem de continuar acreditar nas instituições do país, tem de continuar a lutar pelos seus direitos e também continuar a trabalhar a nível da coesão interna e da disciplina partidária, porque só com essas posições é que o partido pode continuar a lutar pelos direitos políticos)", afirma Semedo.

Bacar Camará, por seu lado, acredita que a saída "só pode ser com a mudança da direcção, o que talvez vai permitir que se gere mais entendimento, mesmo que seja temporário".

Nesta sexta-feira, a polícia impediu o PAICG de reuniur oseu Comité Central que ira se pronunciar sobre a decisão de ontem do Tribunal de Relação de Bissau que determinou que o congresso não podia ser realizado.

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