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PAICV retira confiança política ao presidente do Parlamento cabo-verdiano, que tem apoio da maioria


Jorge Santos, presidente da Assembleia Nacional, Cabo Verde
Jorge Santos, presidente da Assembleia Nacional, Cabo Verde

A bancada do PAICV, maior partido da oposição em Cabo Verde, retirou a confiança política ao presidente da Assembleia Nacional (AN), Jorge Santos, por falta de imparcialidade, por dar-se "mal com a Constituição" e por "tentar destruir" a imagem da presidente do partido.

Em resposta, o MpD, acusou o PAICV de querer destruir o Parlamento.

Numa declaração política lida nesta quinta-feira, 25, o líder do grupo parlamentar daquele partido, Rui Semedo, foi peremptório ao dizer a Jorge Santos que “vossa Excelência se desobriga do compromisso constitucional e passa a ser apenas mais um deputado da sua bancada e ao serviço do MpD".

O deputado acrescentou que Jorge Santos “não tem sabido ser o presidente imparcial e equidistante de todos os deputados e que, por este fato, deixou de merecer a confiança” do partido.

Na sua declaração, Semedo afirmou que Santos “demonstrou, vezes sem conta, que não se dá bem com o Regimento da Assembleia Nacional, que foi aprovado com o seu voto, que várias vezes violou de forma grosseira, deliberada e intencional, em favor do Governo ou em favor da maioria parlamentar ou simplesmente não cumprindo os procedimentos normais que já faziam parte da já relativamente consolidada tradição parlamentar".

O presidente da AN também foi acusado de participar na estratégia do MpD, partido no poder e ao qual pertence Santos, para a destruição da imagem da líder do PAICV, Janira Hoppfer Almada, “para comprometer a concorrência política, normal em democracia, e para fragilizar a oposição democrática".

Na reação, a líder parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD), Joana Rosa, acusou o PAICV de querer “afundar o parlamento e acabar com o presidente da Assembleia Nacional”.

Jorge Santos não reagiu ainda.

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