A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) pediu ao Presidente americano que acabe com os ataques à imprensa e advertiu que os seus comentários degradam o papel essencial que a imprensa desempenha nas sociedades democráticas.
Em carta dirigida ao secretário de Estado americano, o representante da liberdade de mídia da OSCE lembrou que, desde que assumiu o poder, Trump adoptou o hábito de criticar publicamente os principais meios de comunicação, que ele denuncia regularmente como "notícia falsa" no Twitter.
"Exorto a administração dos Estados Unidos a abster-se de fazer tais ataques à imprensa", sublinhou Harlem Desir, reiterando que “as declarações do Presidente dos Estados Unidos são profundamente problemáticas na medida em que degradam o papel essencial que a mídia desempenha em toda sociedade democrática, responsabilizando os governos e oferecendo uma plataforma para uma diversidade de vozes".
Desir deu como exemplo as críticas feitas por Trump durante uma manifestação no Arizona a 22 de Janeiro, em que acusaou a imprensa de ser "verdadeiramente desonesta”e de "inventar histórias".
Aquele responsável da organização com sede em Viena, na Áustria, destacou que “além de minar a credibilidade da mídia, tais declarações, especialmente aquelas que identificam a mídia como" inimigo do povo ", também podem tornar os jornalistas mais vulneráveis a serem alvo de violência e abuso".
A OSCE monitora a liberdade de imprensa nos 57 estados membros da organização, que inclui os Estados Unidos e a Rússia.