A oposição da República Democrática do Congo promote manifestar-se, na quinta-feira, contra o Presidente Joseph Kabila, acusado de tentar atrasar as eleições até a altura em que mudar a constituição para concorrer a um terceiro mandato.
Moise Katumbi, único candidato que se apresentou para desafiar Kabila, foi acusado recentemente de recrutar mercenários americanos, o que ele recusa.
O Tribunal Constitucional determinou que Kabila poderá continuar no poder se as eleições de Novembro forem adiadas. O mandato de Kabila termina oficialmente a 19 de Dezembro.
A oposição reagiu furiosa e anunciou marchas à escala nacional contra o que uma coligação chamou de “coveiros da democracia”.
Martin Fayulo, da oposição, disse à VOA que o Tribunal Constitucional é subserviente e pertence a Kabila. Fayulu afirmou que a intenção da oposição é mostrar ao tribunal que a medida não está certa.
Em muitas cidades congolegas as administrações recusaram a realização das manifestações. A oposição diz que irá continuar uma vez que a Lei diz que as manifestações apenas deverão ser comunicadas às autoridades.
Em Kinshasa, a manifestação poderá ter lugar conforme o planificado, depois de um encontro entre o governador, policia, oposição e Nações Unidas.
Mas há receio de violência. As forças de segurança congolesas são conhecidas pela sua resposta dura a acções do género. Este mês, dispersou com violência muitos manifestantes a favor de Katumbi, em Lubumbashi, sua terra natal.
Há também notícias sobre a realização de actividades de apoiantes do partido no poder, o que apenas irá elevar a tensão nas ruas de Kinshasa, amanha, quinta-feira.