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Oposição são-tomense prepara moção de censura contra Governo por má gestão de fundos


Jorge Bom Jesus, primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe
Jorge Bom Jesus, primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe

A oposição em São Tomé e Principe acusa o Governo São-tomense de má gestão dos fundos destinados a prevenir e mitigar os efeitos da Covid-19 e por isso vai apresentar uma moção de censura ao Executivo de Jorge Bom Jesus na Assembleia Nacional (AN).

A ADI diz que os mais de 15 milhões de euros disponibilizados pelos parceiros internacionais estão a ser desviados para projetos desnecessários e compras duvidosas de equipamentos.

A alegada compra de máscaras a um instituto português está entre os gastos que não convencem o único partido da oposição.

No seu quadro de despesas submetido à AN, o Governo menciona ter comprado máscaras ao Instituto Marques de Val For no valor de 44 mil euros, mas a instituição informou nunca ter vendido o material ao Executivo.

“É possível que tenha havido algum lapso porque o que nós realmente compramos ao Instituto Marques de Val For foram testes rápidos”, disse Jorge Bom Jesus no Parlamento, mas não convenceu a oposição que acusou o Executivo de falta de coerência.

Moção de censura

O líder parlamentar da ADI, Abnildo de Oliveira, afirmou que “este caso ganha outros contornos pelo fato do ministro da Saúde, Edgar Neves, ter sido há dois anos, antes de entrar para o Governo, coordenador do Projeto Saúde para Todos, gerido pelo Instituto Português Marquês de Val For”.

Oliveira pediu ainda esclarecimentos ao desvio de mais de sete milhões de dólares do montante disponibilizado pelo Fundo Monetário Internacional para fazer fase aos efeitos da pandemia.

A ADI reiterou não ter ficado esclarecida com as explicações do primeiro-ministro e avisou que vai avançar com uma moção de censura ao Governo de Jorge Bom Jesus.

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