O Ministério da Juventude e Desporto (Minjud) de Angola fez nesta terça-feira, 17, em Luanda a apresentação pública da Política Nacional da Juventude (PNJ).
O diretor nacional do Departamento para as Políticas da Juventude, Kikas Machado, que apresentou o documento como um instrumento de coordenação multi e inter-sectorial destinado ao reforço e proteção especial dos direitos dos jovens, disse que ele visa alcançar “uma sociedade mais justa e equilibrada na qual os jovens tenham acesso à saúde, formação, qualificação profissional e académica que os habilite à plena integração no mercado de trabalho”.
Oposição e ativistas olham para o plano com descrença.
Agostinho Kamuango, secretário-geral do braço juvenil da UNITA, reprova a forma como o “documento é apresentado" e esclarece que "a juventude espera por uma lei própria que regule a vida dos jovens”.
A mesma opinião tem Gaspar dos Santos Fernandes, secretário da Juventude de Renovação Social (JURS), organização juvenil do Partido da Renovação Social (PRS), quem afirma estar bastante preocupado com a falta de trabalho para milihares de jovens angolanos.
“Dia após dia são várias as empresas que estão a fechar, fruto das más políticas do Executivo angolano e muitos jovens estão a ir para o desemprego”, sustenta.
Por seu lado, Mfuka Muzemba, um dos protagonistas da iniciativa Diálogo Juvenil, diz que falta vontade politica ao Governo para colocar os jovens no centro das preocupações.
“A começar pela estruturação das instituições que defendem a juventude, o Instituto Nacional da Juventude, o Ministério da Juventude, o proprio CNJ ou seja, ninguém sabe quem faz o quê e o o que cada um representa, o que é um insucesso”, exemplifica Muzemba.
Com a Política Nacional da Juventiude, o Governo angolano prevê criar mecanismos institucionais que facilitem o desenvolvimento integral da juventude, desenvolver programas sob com a participação do setor produtivo nacional e estrangeiro, bem como promover envolvimento da democracia participativa e do desenvolvimento social.