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Oposição devolve a João Lourenço acusação de "vende-pátria"


Presidente da Angola João Lourenço durante uma conferência de imprensa no palácio presidencial da Casa Rosada, no âmbito da visita do Presidente da França Emmanuel Macron, em Luanda, a 3 de Março de 2023.
Presidente da Angola João Lourenço durante uma conferência de imprensa no palácio presidencial da Casa Rosada, no âmbito da visita do Presidente da França Emmanuel Macron, em Luanda, a 3 de Março de 2023.

Presidente angolano acusou políticos da oposição de desencorajarem o investimento estrangeiro, que responderam que "vende-pátria" são aqueles que roubam as riquezas do país.

O Presidente de Angola criticou neste sábado, 2, em Luanda, os políticos da oposição que desencorajam o investimento estrangeiro em Angola.

A estes, João Lourenço chamou-os de “vende-pátria”.

Políticos da oposição já reagiram e acusam Lourenço de mau governante e que "vende-pátria" são aqueles que roubam as riquezas do país.

Oposição devolve a João Lourenço acusação de "vende-pátria"
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Na reunião do Conselho Económico e Social, o Presidente da República disse haver "falta de patriotismo nos políticos angolanos" que procuram influenciar negativamente as instituições financeiras internacionais, credores e investidores interessados em Angola.

João Lourenço criticou políticos da oposição que desencorajam o investimento estrangeiro em Angola e chegou mesmo a chamá-los de “vende-pátria”.

As reacções não se fizeram esperar, com acusações ao Presidente.

O membro da UNITA Abílio Camalata Numa disse que "vende-pátria" são aqueles que roubam as riquezas do país.

“Quem criou este ambiente é que é vende-pátria e não os outros, são eles que tiraram os dinheiros públicos, venderam o petróleo e colocaram dinheiro nas capitas europeias, há muito dinheiro que está em Portugal, não sei onde anda o Manuel Vicente, a Isabel também está la, os Higinos, todos eles, ainda neste fim de semana muitos deles foram casar as suas filhas com pompa e circunstância”, acusou Numa, quem afirmou não conhecer qualquer político da oposição em Angola que desencoraja o investimento estrangeiro no país.

“O nosso Presidente está a fazer a sua diplomacia, mas nunca vi e também não é politica da UNITA defender o não investimento. Angola não tem ambiente para negócios, o indivíduo que quer fazer negócios com Angola vem para aqui encontrar uma burocracia recheada de corruptos”, acrescentou Numa.

A mesma opinião tem Manuel Fernandes, presidente da CASA-CE, quem aconselha João Lourenço a melhorar a governação.

“Não criaram políticas económicas aceitáveis para garantir estabilidade monetária e cambial. Nenhum investidor se sente mobilizado para investir num país em que a moeda é volatel, é instável, não é possível investir quando o ambiente de negócios não é favorável”, lembra Fernandes.

Por seu lado, o analista político Rui Candov disse existirem realmente, em Angola, grupos de interesse que desencorajam o investimento estrangeiro no país, mas considera "normal a troca de acusações".

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