A Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), e a Rússia descartaram neste Domingo, 23 de Setembro, a possibilidade de aumento na produção de petróleo bruto, rejeitando efectivamente os pedidos do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Eu não influencio preços”, disse o ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih, a jornalistas.
O barril do petróleo Brent chegou a 80 dólares neste mês, levando Trump a reiterar na última Quinta-feira o seu pedido para que a Opep baixasse os preços. A alta das cotações foi contida principalmente por uma queda nas exportações do Irão, membro da Opep, devido ao restabelecimento de sanções dos EUA.
Na sua conta de Twitter, Trump escreveu: “Nós protegemos os países do Médio Oriente, eles não estariam seguros por muito tempo sem nós e, ainda assim, eles continuam a incentivar preços cada vez mais altos para o petróleo. Nós vamos lembrar-nos disso monopólio da Opep deve baixar os preços agora!”
Khalid al-Falih disse que a Arábia Saudita tinha capacidade para aumentar a produção de petróleo, mas que a medida não seria necessária no momento.
“A minha informação é que os mercados estão a ser adequadamente abastecidos. Não sei de nenhuma refinaria no mundo que esteja a precisar de petróleo e não esteja a conseguir”, afirmou Falih.
O ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, disse que nenhum aumento imediato na produção era necessário, embora acreditasse que uma guerra comercial entre a China e os EUA, assim como sanções norte-americanas ao Irão, estariam a criar novos desafios para os mercados de petróleo.
O ministro do Petróleo de Omã, Mohammed bin Hamad Al-Rumhy, e o seu homólogo do Kuwait, Bakhit al-Rashidi, disseram a jornalistas após a reunião deste Domingo que os produtores concordaram em comprometer-se a atingir a meta de 100 por cento dos cortes de produção acordados em Junho.