A falta de progresso na resolução da crise política guineense prejudica esforços para o avanço do país, aponta o relatório do Secretário-geral das Nações Unidas (ONU), citado pela Onu News.
Através do documento apresentado hoje no Conselho de Segurança, em Nova Iorque, a ONU convida as partes ao diálogo genuíno para buscar posição comum para resolver urgentemente a crise.
O importante, diz a ONU, é colocar os interesses do povo acima de todos os outros, e que os políticos "se afastem da sua intransigência nas posições que serve para perpetuar as divisões".
Em sinal de lamentação, o relatório recorda que o Governo da Guiné-Bissau teve "apoio inabalável e da boa vontade dos seus parceiros regionais e internacionais".
Na apresentação do documento, Modibo Touré, enviado especial da ONU, sublinhou que a organização manifesta "profunda preocupação com a prolongada crise política".
Por seu turno, o Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) recomendou também hoje ao Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, para respeitar o Acordo de Conacri para estabilizar o país.
Assinado em Outubro, o acordo prevê a nomeação de um governo de consenso e a resolução da crise interna no PAIGC, partido que venceu as eleições de 2014. Tal não foi implementado.