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COVID-19: OMS alerta para aumento de casos em África e economia espera piores dias em 25 anos


O diretor de emergências para a África da Organização Mundial da Saúde (OMS) admitiu que alguns países da África podem atingir o pico de casos de coronavírus nas próximas semanas

Por isso, Michel Yao defende que esses países devem fazer testes com a máxima urgência.

“Durante os últimos quatro dias, pudemos ver que os números quase duplicaram”, revelou Michel Yao, numa teleconferência com jornalistas nesta quinta-feira, 9.

A quantidade de pessoas infetadas com o novo coronavírus no continente tem sido relativamente baixa até agora - quase 11 mil casos e 562 mortes - de acordo com uma contagem da Reuters baseada em comunicados do Governo e dados da OMS.

O diretor regional da OMS na África, Matshidiso Moeti acrescenta que existe uma “necessidade urgente” de realizar exames muito além das capitais africanas agora que o vírus espalhou-se pelos países.

Em Genebra, em conversa com diplomatas, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus alertou que, “sem ajuda e ação já, países pobres e comunidades vulneráveis podem sofrer uma devastação imensa”.

Ele observou o estrago feito em nações ricas nos 100 dias transcorridos desde que a China informou a OMS de casos de uma “pneumonia de causa desconhecida” na cidade de Wuhan.

Apesar de a África ter poucos casos em comparação com o resto do mundo, o impacto da crise sobre a ecomomia dos seus países já é sentido.

Num relatório publicado nesta quinta-feira, 9, o Banco Mundial afirma que a epidemia deve empurrar a África subsaariana para a recessão pela primeira vez em 25 anos em 2020.

O relatório "Pulso da África" concluiu que a economia da região se retrairá de 2,1% a 5,1% em relação ao crescimento de 2,4% do ano passado, e que o novo coronavírus custará à África subsaariana entre 37 mil milhões e 79 milhões de dólares em perdas de produção neste ano devido ao transtorno no comércio e na cadeia de valores, entre outros fatores.

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