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OMA leva campanha de microcrédito às “zungueiras”


Mulheres zungueiras na praça do Avô Kumbi em Luanda, Angola
Mulheres zungueiras na praça do Avô Kumbi em Luanda, Angola

Activistas suspeita motivações eleitorais

A Organização da Mulher Angolana, OMA, vailançar dentro de uma semana um programa de informação de microcrédito para as vendedoras ambulas, “Zungueiras”, no que alguns dizem ser uma manobra eleitoralista.

OMA lança campanha de informação sobre microcréditos junto das zungueiras – 2:27
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O workshop vai ser lençado em 18 províncias mas nas ruas de Benguela as vendedoras disseramignorar esse programa de crédito e queixam-se de continuas perseguições dos fiscais e polícia por estarem a vender nas ruas.

Um vendedora de nome Teresa disse que as autoridades “continuam a nos dar corrida, não podemos colocar as mercadorias no chão”.

“Eles levam tudo à instrução, depois vamos para lá buscar”, avança Teresa, que disse desconhecer a iniciativa de microcréditos mas que admite que “precisamos de ajuda”.

A activista Sara Paulo, membro da associação “Tchatokota, a Mulher e a Política”, promete divulgar a iniciativa, mesmo ciente do que chama de manobra eleitoralista, e pede que a OMA repudie a acção de fiscais e agentes da Polícia.

“A iniciativa peca por tardia, visto que a OMA deve defender os direitos das mulheres, e as zungueiras fazem parte do grupo mais vulnerável”, disse.

Durante muito tempo, neste mandato do MPLA, temos criticado silêncio desta organização perante casos concretos”, afirmou mas sublinou que “é importante que as mamães tenham um crédito, embora eu ache que tudo isso é para mobilizar o voto a favor do MPLA”.

O presidente da Associação Nacional dos Vendedores Ambulantes, José Ambrósio Cassoma, dsse que esperava ter sido avisado, até para a mobilização de zungueiras, e fala em indicadores de aproveitamento político.

“Desconfiamos que não seja uma coisa virada à mulher zungueira, deveríamos ter sido convidados, temos mais de 17 mil filiados, por isso achamos que deve ser uma acção política”, assinalou Cassoma , acrescentando que “é a nossa reclamação de sempre, há uma exclusão apesar de estarmos legalizados”.

A VOA procurou obter um pronunciamento do Secretariado Nacional da OMA, mas sem sucesso.

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