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Olinto Daio recusa convite da ADI para formar Governo em São Tomé e Príncipe


Olinto Daio
Olinto Daio

Antigo ministro diz que a proposta do partido maioritário não continha "os valores são-tomenses"

O candidato escolhido pela Acção Democrática Independente (ADI), partido vencedor com maioria simples das eleições de 7 de Outubro para formar o próximo Governo são-tomense, Olinto Daio, recusou o convite do partido.

Numa nota de imprensa divulgada neste sábado, 24, o ex-ministro da Educação, Cultura, Ciência e Comunicação considera que o clima político não é favorável à nomeação de um Governo minoritário da ADI.

Olinto Daio confirma na nota de imprensa ter sido contactado pelo presidente da ADI para chefiar o próximo Governo e que estaria disposto a tal se o objectivo fosse o da “união e de adesão dos valores são-tomenses”.

“Tendo analisado e ponderado, cheguei à conclusão de que esses valores não estão contidos nesta proposta de chefiar o Governo. Por isso, decidi em não aceitá-la”, acrescenta o antigo padre, para quem há que ter atitudes e comportamentos” que “dignificam” a classe política” e que possam “restabelecer a confiança dos são-tomenses nos seus dirigentes”.

"Os valores que acarinhamos enquanto nação: família, paz, concórdia, hospitalidade, responsabilidade e respeito são os que tornam São Tomé e Príncipe forte e dão sentido às nossas vidas e todos eles fariam parte do meu trabalho", concluiu Olinto Daio.

Enquanto isso, o Presidente da República, Evaristo Carvalho, conclui neste sábado as conversações com os partidos com assento parlamentar com vista à nomeação do novo Governo.

À saída do encontro com o Chefe de Estado, António Monteiro, presidente do Movimento dos Cidadãos de Cauê, que detém dois mandatos no parlamento, anunciou que apoiará a maioria parlamentar formada pelo MLSTP-PSD e a coligação PCD-MDFM-UDD , que essa aliança da oposição anunciou chumbará um Governo minoritário da ADI.

Com este cenário, a ADI, caso for convidada a forma o Executivo por ter sido o partido mais votado, terá os votos dos seus 25 deputados contra 30 dos demais partidos numa eventual votação no Parlamento.

É neste cenário político que o Presidente da República irá convidar nos próximos dias a ADI ou a oposição para indicar o primeiro-ministro.

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