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Obama pede união global contra o extremismo violento


 Barack Obama
Barack Obama

Presidente americano diz que terroristas não falam em nome do Islão.

O Presidente americano pediu aos líderes cívicos e religiosos em todo o mundo a se unirem na luta contra as "falsas promessas de extremismo" e a rejeitarem a noção de que grupos "terroristas" representam o Islão. Barack Obama fez estas declarações da cimeira sobre o extremismo violento que termina hoje aqui em Washington e que reuniu participantes de 60 países.

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Num artigo publicado na revista Foreing Policy, o secretário de Estado americano John Kerry afirmou que a cimeira desta semana não vai resolver todos esses problemas, mas pode mobilizar um esforço global.

Kerry disse que os dirigentes mundiais podem dar uma sinal claro para a próxima geração de que o seu futuro não será definido pela agenda dos terroristas e a ideologia violenta que os sustenta.

No artigo, o secretário de Estado apelou a todos os líderes políticos e civis, religiosos, académicos e sectores privados a darem uma forte resposta colectiva

Representantes de governos, organizações não-governamentais, académicos, especialistas e homens de negócios de 60 países terminam hoje aqui em Washington uma cimeira sobre extremismo convocada pelo Presidente Barack Obama, depois da intensificação dos ataques do Estado Islâmico, Boko Haran e atentados em Paris e Dinamarca.

Ao intervir no encontro, Obama procurou separar o extremismo do islão.

"Eles dependem da percepção equivocada ao redor do mundo de que as pessoas de fé muçulmana são iminentemente violentas ou que há algum tipo de choque de civilizações. É claro que os terroristas não falam por mais de mil milhões de muçulmanos que rejeitam a sua ideologia de ódio. Eles não representam o Islão, assim como ninguém que mata inocentes em nome de Deus representa o cristianismo, o judaísmo, o budismo ou o hinduísmo. Nenhuma religião é responsável pelo terrorismo. As pessoas são responsáveis pela violência e do terrorismo ", afirmou o Presidente.

Na sua intervenção, Obama pediu às comunidades muçulmanas para conterem o extremismo violento porque sem a sua ajuda será mais difícil enfrentar os radicais.

Ao falar hoje, 19, outra vez, na cimeira, o Presidente americano disse que todos os países devem participar no combate ao terrorismo.

Antes de Obama, o secretário-Geral das Nações Unidas Ban Ki-moon classificou as acções violentas do Estado islâmico e do Boko Haram de uma "grave ameaça à paz e à segurança internacionais".

Ban Ki-moon afirmou também que muitos governos têm responsabilidade nesse fenómeno por desenvolver políticas que oprimem comunidades e pessoas que são facilmente atraídas por terroristas.

O secretário-geral da ONU concluiu que disse a promoção dos direitos humanos e a luta contra o terrorismo andam de mãos dadas", mas enfatizou que esta última não pode ser usada para silenciar as pessoas.

A cimeira termina hoje, mas sem a presença de líderes dos países participantes que se fizeram representar por funcionários dos ministérios afins.

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