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Obama falará de investimento americano em África


Presidente Obama
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A melhoria do investimento americano em África será tema de destaque na visita que o Presidente Obama faz, esta semana, a Quénia, onde participará na Cimeira Global sobre o Empreendedorismo.

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Funcionários Americanos dizem que cerca de metade de empregos criados em África foram em pequenos negócios – muitos criados por mulheres, como a ruandesa Janet Nkubana, que transforma a vida de milhares exportando produtos de artesanato com o apoio dos Estados Unidos.

Após o genocídio, muitas famílias ficaram na desgraça e as mulheres foram as mais afectadas. No meio do sofrimento, Janet Nkubana e sua irmã encontraram uma forma de ajudar outras mulheres ruandesas a depender de si mesmas. Elas criaram a Gahaya Links, uma empresa de exportação de artesanato, que hoje tem clientes como a cadeia americana Macys.

Nkubana orgulha-se por a sua empresa ter ajudado a “valorizar três mil mulheres das comunidades do Ruanda. São mulheres que não precisam mais de esmola, podem ter o seu próprio seguro de saúde, pagar a matrícula dos seus filhos.”

O negócio de Nkubana foi impulsionada pela AGOA (Lei de Crescimento e Oportunidade para África), lançada no ano 2000, que abriu o mercado Americano a empresários africanos, e pela Fundação Americana para o Desenvolvimento de África, que financiou e deu a formação inicial, há dez anos.

Jack Leslie, presidente da fundação, explicou que a sua missão é trabalhar com os menos privilegiados em África, onde os pequenos negócios criam 50% de todos os empregos do continente.

Para Leslie, a visita de Obama e o seu discurso na Cimeira Global sobre o Empreendedorismo despertarão a atenção do mundo para uma nova onda de actividades económicas em África.

Lesli referiu-se também ao salto impressionante que Quénia regista na tecnologia de telemóveis. “Os quenianos, estão, por exemplo, de longe muito adiantados que os Estados Unidos no uso de banca móvel”, disse Leslie.

Mas há mais do que o apoio aos pequenos negócios. A fundação que Leslie dirige trabalha com grandes companhias americanas como a General Electric para ajudar mais africanos a terem electricidade.

O Presidente do Conselho de Administração da General Electric (Africa), Jay Ireland, é de opinião que o continente tem um grande potencial para o investimento, mas é essencial ter uma infra-estrutura adequada para promover o crescimento económico.

Ireland disse que o continente africano precisa de energia para as fábricas, plataformas de petróleo, ou centros comerciais, e que há um grande défice em muitos países, daí o investimento que fazem para que a energia chegue a mais pontos.

E Janet Nkubana, a empresária que exporta cestos para os Estados Unidos, considera o investimento no empresariado, em particular as mulheres, essencial para o crescimento de um país: “Dar oportunidades às mulheres, é dar oportunidades às futuras gerações.”

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