Links de Acesso

Nomeação de militares por João Lourenço para cargos civis provoca debate


Analistas têm leituras diferentes
Analistas têm leituras diferentes

A indicação de militares em postos-chave pelo Presidente angolano tem provocado algum debate em Angola, com alguns a apontarem para uma militarização de lugares que podiam ser entregues a civis.

Há quem lembre que José Eduardo dos Santos também começou assim.

O alerta foi dado com a recente indicação, por parte de João Lourenço, de homens do exército para os órgãos de justiça e da diplomacia.

Analistas divergem e falam em confiança e “obediência”.

O politólogo Rui Kandove é de opinião que a nomeação por Lourenço de militares na diplomacia e nos órgãos de justiça visa ter ao redor dele de pessoas da sua inteira confiança.

“Há um sinal claro da necessidade de ter ao seu lado pessoas de inteira confiança”, sustentou Kandove que diz não haver, no entanto, razões de preocupação.

“João Lourenço é também um militar, consegue encontrar mais facilmente estes quadros e não há assim grandes preocupações”, concluiu.

Na leitura do jornalista Ilidio Manuel essas indicações são mais acomodações para a classe castrense.

“Fica-se com a ideia de que é uma forma de acomodar como também acomoda empresas e hospitais”, afirmou.

Posição contrária tem o jurista Pedro Kaprakata para quem a nomeação de jovens e militares resulta da necessidade de ter gente que “lhe vão obedecer”.

Ouço a reportagem:

Militarização ou não do Governo angolano em debate -1:59
please wait

No media source currently available

0:00 0:01:59 0:00


XS
SM
MD
LG