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No meio de adversidades, Guiné-Bissau celebra 45 anos de independência


José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau
José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau

“É um país onde fazer uma programação à médio e longo termo não tem sentido,” diz o analista Midana Sambu.

A Guiné-Bissau assinalou hoje, 24, a data do seu quadragésimo quinto aniversário, perante muitas adversidades socioeconómicas e politicas.

O país continua na cauda de índice de desenvolvimento, numa altura em que vive uma das mais difíceis fases de transição com eleições marcadas para 18 de novembro próximo.

No meio de adversidades, Guiné-Bissau celebra 45 anos de independência
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Sem um acto oficial, alegadamente por razões financeiras, os guineenses avaliam, de forma critica, os indicadores socioeconómicos que marcam a Guiné-Bissau, de 1973, data da proclamação unilateral da independência nacional

O Presidente da República, José Mário Vaz, afirma, por sua vez, diz que “é um cidadão inconformado com a miséria, o sofrimento e a ignorância a que o povo tem sido votado, após 45 anos de independência”.

O analista político e jurídico, Luís Peti, diz que os 45 anos não corresponderam à expectativa que nortearam a luta armada, excepto o objectivo primário de libertar o país do colonialismo português.

“Um dos objectivos que era a independência foi alcançado, mas a autodeterminação e o desenvolvimento da Guiné-Bissau ficou a quem da expectativa, porque 45 anos depois, não se conseguiu definir o rumo do país, enquanto uma nação independente e democrática,” diz Peti.

Para avaliar a dinâmica socioeconómica do país, o consultor e especialista em economia e comércio internacional, Midana Sambu, recorre à resposta que o nacionalista Amílcar Cabral, deu a um jornalista francês, que questionou a necessidade de “independência para quê?”

“E a sua resposta foi: para uma vida melhor, sem sofrimento e sem ignorância. Ora, podemos dizer que estamos a quem deste sonho”, recorda Sambu.

Quanto à situação do país, Sambu diz que “ de facto nós não sabemos o que vai acontecer amanhã ou depois de amanhã, ou daqui há uma semana. É um país onde fazer uma programação à médio e longo termo não tem sentido”.

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