Um tribunal nigeriano condenou Haruna Yahaya, um dos jihadistas do grupo nigeriano Boko Haram, a 15 anos de prisão, por ter participado, em 2014, no sequestro de mais de 200 jovens estudantes do ensino médio em Chibok, no nordeste daquele país.
A AFP, citando Salihu Isah, porta-voz do ministério da Justiça nigeriano, reporta que as audiências iniciaram, na segunda-feira, 12, em Kainji.
Isah disse que Yahaya, de 35 anos e deficiente físico - com um braço paralisado e uma perna deformada - se declarou culpado, mas pediu clemência dos jurados por ter sido "forçado a integrar" o grupo armado e portar um AK47.
Na audiência, Yahaya disse ter tido uma relação com uma das raparigas sequestradas, que teria implorado para ser libertada, mas ele a assegurou que não poderia fazer nada, uma vez que ele mesmo fora "forçado" a lutar junto aos insurgentes.
Mesmo assim, o tribunal de Kainji, que reconhece que Yahaya pode ter sido forçado a se juntar aos jihadistas, considerou que o réu "tinha a opção de não participar das actividades do Boko Haram" e o condenou a uma pesada pena de prisão.
Os outros membros do grupo jihadista julgados nesta segunda-feira foram tiveram penas de três a cinco anos.