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NASA lança telescópio espacial revolucionário 


Nesta imagem divulgada pela NASA, lançamento do telescópio Webb, 25 de Dezembro, 2021
Nesta imagem divulgada pela NASA, lançamento do telescópio Webb, 25 de Dezembro, 2021

O novo parelho vai transformar a compreensão dos cientistas sobre o universo e o nosso lugar nele

O Telescópio Espacial James Webb da NASA, construído para dar ao mundo um vislumbre do universo desde a sua existência e formação das primeiras galáxias, foi lançado por foguete na manhã deste sábado, 25, na costa nordeste da América do Sul, abrindo uma nova era da astronomia.

NASA, Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, é uma entidade civil dos Estados Unidos da América com a missão de desenvolver tecnologias e conhecimento científico relacionado ao espaco.

O revolucionário telescópio infravermelho de nove biliões de dólares, aclamado pela NASA como o principal observatório de ciências espaciais da década seguinte, foi a bordo do foguete Ariane 5, e decolou da Base da Agência Espacial Européia (ESA), na Guiana Francesa.

O lançamento impecável do dia de Natal, com uma contagem regressiva conduzida em francês, foi transmitido ao vivo, via Webcast conjunto NASA-ESA.

Navegando pelo espaço por mais duas semanas, o telescópio Webb alcançará o seu destino na órbita solar a um milhão de milhas da Terra - cerca de quatro vezes mais distante do que a lua.

Técnicos da NASA na preparação do "Webb", 2017.
Técnicos da NASA na preparação do "Webb", 2017.

Este novo telescópio é lançado depois do Hubble, existente há 30 anos.

Compreensão do universo

Baptizado em homenagem ao homem (James Webb) que supervisionou a NASA durante a maior parte da sua fase de formação, na década de 1960, Webb é cerca de 100 vezes mais sensível do que Hubble e deve transformar a compreensão dos cientistas do universo e o nosso lugar nele.

Webb verá principalmente o cosmos no espectro infravermelho, permitindo-lhe olhar através das nuvens de gás e poeira onde as estrelas nascem, enquanto o Hubble operou principalmente em comprimentos de onda ópticos e ultravioleta.

O telescópio, dizem os astrónomos, trará à vista um vislumbre do cosmos nunca antes visto - datando de 100 milhões de anos após o Big Bang, o ponto teórico que colocou em movimento a expansão do universo observável, cerca de 13,8 biliões de anos.

O aparelho resulta de uma colaboração internacional liderada pela NASA em parceria com as agências espaciais da Europa e Canadá.

A operação astronómica do telescópio, a ser gerida pelo Space Telescope Science Institute em Baltimore, deve começar no verão de 2022, após cerca de seis meses de alinhamento e calibração dos espelhos e instrumentos de Webb.

Nessa altura, a NASA espera divulgar o lote inicial de imagens capturadas por Webb, projectado para durar até 10 anos.

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