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Presidente interino de Nampula "forçado" a renunciar antes da posse do novo edil


Américo Iemenle
Américo Iemenle

MDM admite que renúncia pode ser do interesse do partido

O presidente interino da cidade moçambicana de Nampula, Américo Iemenle, pode ser forçado a renunciar ao cargo por indicação do seu próprio partido, o MDM , antes de entregar as pastas ao novo edil eleito, Paulo Vanhale, da Renamo.

Presidente interino de Nampula "forçado" a renunciar antes da posse do novo edil
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Para o chefe da bancada do MDM na Assembleia Municipal, a renúncia de Lemenle é parte de organização interna do partido, mas a tutela das autarquias alerta que Lemenle pode incorrer em ilegalidade se abandonar o cargo antes da posse do novo presidente daquele município.

A Assembleia Municipal incluiu à última hora na proposta de agenda da sua primeira sessão que decorre hoje e amanhã, a eleição de um novo presidente e vice-presidente do órgão.

Américo Iemenle, que assume interinamente a autarquia desde a condenação de Manuel Tocova em Novembro do ano passado, na qualidade de presidente da Assembleia Municipal, deverá deixar o cargo e, por inerência, a presidência da cidade antes da posse do novo edil.

“O partido, vendo a conjuntura actual da autarquia e os membros a nível nacional, pretende implementar algumas mudanças", diz o chefe da bancada na Assembleia Municipal Jamal José.

Entretanto, o jornal local Ikweli escreve que Iemenle está a ser forçado a renunciar para dar espaço a outros membros do seu partido de modo que possam receber alguns benefícios financeiros antes da Renamo assumir a gestão de Nampula.

Luís Aristides, representante da Tutela Administrativa em Nampula, alerta para o facto de Iemenle incorrer em ilegalidade caso ele renunciar e apela a que prepare a passagem de pastas ao novo presidente.

Aristides considera não haver razões para a renúncia neste momento

De salientar que a cidade de Nampula prepara-se para receber o novo edil, Paulo Vanhale.

Entretanto alguns vereadores, como é o caso do das financias, já submeteram documentos para deixar o cargo.

Recorde-se que, desde a morte de Mahamudo Amurane em Outubro, algumas contas do município continuam bloqueadas.

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