Angola subiu dois lugares no Índice de Democracia da Economist Intelligence Unit de 2018, ao deixar a 125ª. para 123ª. num universo de 167 países.
O país manteve a mesma pontuação de 2017, 3,62 pontos em 10 possíveis.
O que isso significa?
Alguns analistas consideram que nada mudou entre a antiga e a actual governação anterior, mas há quem vê sinais positivos.
O politólogo Agostinho Sikatu pensa ser quase impossível haver mudança de práticas em Angola com o mesmo regime político actual porque “não houve alteração nenhuma, foram as expectativas, as esperanças que mudaram, o que poderá acontecer no futuro”.
Sikatu acrescenta ser “impossível mudar alguém que está a governar há mais de 30 anos”.
O académico João Lukombo Nza Tuzola é de opinião que há alguns sinais de mudança no consulado de João Lourenço.
“Na luta contra corrupção, há diferença entre José Eduardo dos Santos e João Lourenço, na comunicação social algumas opiniões críticas ao Governo já são aceites, no aspecto social há melhorias, cada vez mais aumentam as greves, pensamos que são aspectos a ter em atenção", sustenta.
Entretanto, o deputado pela CASA-CE Makuta Nkondo aponta o dedo à comunidade internacional.
Esta posição serve apenas “para tentar alegrar as pessoas, sobretudo esta dita comunidade internacional cega, porque não existe democracia em Angola”, diz Nkondo, para quem “não há grandes diferenças em termos de democracia entre Angola e a Coreia do Norte ou Congo democrático"
Em África, o melhor colocado no índice da The Economist Intelligence Unit são as Ilhas Maurícias na 17ª posição, seguidas de Cabo Verde, na 26ª. posição.
Noruega lidera o índice enquantoa Coreia do Norte, Síria, República Democrática do Congo, República Centro-Africana eChade ocupam nos últimos lugares.