O Níger fechou o seu espaço aéreo no domingo até nova ordem, invocando a ameaça de intervenção militar do bloco regional da África Ocidental, a CEDEAO.
A televisão estatal do Níger anunciou a medida no domingo à noite, horas antes do prazo estabelecido pela CEDEAO, que exigiu que os líderes do golpe de Estado reintegrassem o Presidente Mohamed Bazoum ou enfrentassem a força militar.
A junta desafiou o prazo e disse que qualquer tentativa de sobrevoar o país será recebida com "uma resposta enérgica e imediata".
Milhares de apoiantes dos líderes golpistas do Níger acorreram a um estádio na capital, Niamey, no domingo, parecendo não se intimidar com a ameaça de intervenção militar da CEDEAO.
Os aplausos da multidão que lotou o estádio saudaram cada frase do discurso lido por um representante da nova administração liderada pelo exército, que sublinhou a determinação da junta em manter-se no poder.
Nas ruas de Niamey também se registaram manifestações esporádicas de apoio à junta.
O sétimo golpe de Estado na África Ocidental e Central em três anos abalou a região do Sahel, uma das mais pobres do mundo.
Devido às suas riquezas em urânio e petróleo e ao seu papel central na guerra contra os militantes islâmicos, o Níger é importante para os EUA, a Europa, a China e a Rússia.
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