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Mulheres marcham contra a violência baseada no género e pedem mais denúncias em Malanje


Marcha contra violência baseada no género em Malanje, 9 de Dezembro de 2021
Marcha contra violência baseada no género em Malanje, 9 de Dezembro de 2021

Mulheres marcharam silenciosamente na quinta-feira, 9, na cidade angolana de Malanje contra a violência baseada no género, numa promoção da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA).

De Janeiro a Novembro de 2021, a sala de aconselhamento familiar do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade do Género, registou mais de 770 casos de violência.

A coordenadora da ADRA Antena Malanje, em Cacuso, Teresa Zumba, que interveio à margem do X Encontro Provincial das Mulheres da ADRA e instituições parceiras, apelou ao sentimento de denúncias para reduzir a escalada de violência que se institucionaliza em Angola.

“Neste momento, nós estamos a falar em 772 casos [...], onde 697 vitimaram mulheres, os nossos cartazes dizem não à violência doméstica, não ao silêncio”, referiu, admitindo que “estamos a naturalizar a questão a violência doméstica".

Zumba ser "importante que não naturalizemos isso porque é um crime e deve ser denunciado e as pessoas que praticam a violência domestica devem ser punidas”.

Célcia da Silva esteve entre as dezenas de mulheres que percorreram um troço da estrada nacional 230 em Malanje e disse que “as mulheres devem estar unidas para lutarem contra esse mal”.

"A violência extrapolou os lares e tem espigos nas ruas envolvendo crianças e adolescentes", sublinhou a representante das mulheres da Igreja Adventista do sétimo Dia, Anita Paulo Júnior.

“A violência doméstica em Malanje já se tente em todos os níveis, física e até psicológica”, acredita Júnior.

A directora da ADRA Antena Malanje, Mariana Moita, reafirmou na marcha o papel da mulheres para a cultura de paz entre as famílias.

Na quarta-feira, 8, no X Encontro Provincial das Mulheres da ADRA, a organização e instituições parceiras debateram temas como a violência baseada no género e o empoderamento das mulheres, no âmbito dos 16 dias de activismo contra violência baseada no género.

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