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Mulheres ganham espaço na vida pública em Cabo Verde, mas há desafios


Mulheres no Governo cabo-verdiano
Mulheres no Governo cabo-verdiano

Há mais mulheres do que homens no Executivo cabo-verdiano.

Em Cabo Verde, as mulheres vêm conquistando algum espaço na vida política do país, havendo nove no Governo, superando o número de homens, que ocupam sete pastas ministeriais.

O arquipélago é o segundo país em África com mais mulheres no Executivo, mas nota-se ainda uma presença reduzida das mesmas no parlamento. Também a nível do poder local ainda é fraca a presença de mulheres, já que dos 22 municípios, apenas o do Porto Novo na ilha de Santo Antão, é dirigido por uma senhora, Rosa Rocha.

A ministra da Educação e Desporto Fernanda Marques considera que a presença de um número significativo de mulheres no Governo demonstra a sensibilidade primeiro-ministro em reconhecer a competência e a capacidade de liderança das mesmas.

Fernanda Marques considera que as mulheres cabo-verdianas têm sabido responder positivamente aos desafios que lhes são colocados, cumprindo as respectivas atribuições sem qualquer tipo de limitação.

Apesar dos passos que vêm sendo dados, Marques entende que a forma como a política ainda é feita no arquipélago, em que, na óptica da governante, os ataques pessoais se sobrepõem muitas vezes à discussão de ideias, dificulta de alguma forma, o interesse das mulheres na política activa.

Embora não seja contra a implementação de cotas, Fernanda Marques defende que as mulheres devem ser vistas e ganhar espaços devido à sua capacidade e competência.

A ministra da Educação e Desporto considera que em Cabo Verde as mulheres têm acompanhado o processo de escolarização e formação lado a lado com os homens.

A eleição da primeira mulher para a liderança de um partido politico – Janira Almada, para presidente do PAICV – pode, no dizer de Fernanda Marques, estimular mais cabo-verdianas a seguirem a carreira política.

O presidente do MpD, na oposição, afirma que se deve criar condições para que as mesmas possam ter oportunidade de ingressar na vida politica e ocupar cargos de relevo na gestão do país.

Correia e Silva diz que essas condições não devem, no entanto, passar pela introdução de cotas, modelo que o MpD não defende para a inclusão de mulheres nas listas.

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