A Embaixada dos Estados Unidos de América em Maputo confirmou a recepção da carta que lhe foi enviada por Mohamed Bachir Sulemane, proprietário do grupo MBS, e adiantou que o Departamento de Tesouro já lhe respondeu. No entanto, não avança detalhes sobre o conteúdo da resposta.
A informação em torno da resposta dada a Bachir foi avançada por Tobias Bradford, adido de imprensa e cultura da Embaixada dos EUA em Maputo.
A carta de Mohamad Bachir Sulemane foi, imediatamente, encaminhada para o Departamento de Tesouro, em Washington, por ser o órgão que incluiu o nome do empresário moçambicano e suas empresas na lista dos “barões de droga”.
Em entrevista à Agência de Informação de Moçambique, Tobias Brandford disse que “vai depender do Departamento do Tesouro se decide ou não fazer uso da oferta de Bachir de estar disposto a colaborar com as entidades de investigação nacionais e internacionais no esclarecimento do caso, fornecendo todo o tipo de informação sobre a sua actividade empresarial”.
Bradford sublinhou que “a designação de alguém como ‘barão de droga’ não é feita de forma leviana e sem nenhuma investigação prévia”. Contudo, dependerá do Tesouro se faz ou não a declaração pública das evidências que tem sobre as acusações contra o empresário moçambicano”.
O diplomata disse ainda que “nas discussões entre as autoridades norte-americanas e moçambicanas, a questão de narcotráfico aparece regularmente, e as acusações contra Bachir foram comunicadas a pessoas importantes do governo moçambicano, a quem cabe decidir sobre as medidas a tomar”
Em Maputo a primeira reacção foi a do Ministro do Interior, José Pacheco, afirmando que Bachir tem “ficha limpa” na polícia moçambicana.
Afonso Dhlakama, o presidente da Renamo, o principal partido da oposição em Moçambique, deu, sexta-feira, uma conferência de imprensa na cidade de Nampula, assumindo, pela primeira vez, posição pública acerca do caso de Mohamed Bachir Sulemane. Dhlakama critica a posição assumida pelo ministro do Interior e manifesta-se preocupado pelas repercussões deste caso na imagem externa de Moçambique.
Dhlakama manifesta-se preocupado pelas repercussões deste caso na imagem externa de Moçambique